ATA DA QUADRAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 18-5-2011.

 


Aos dezoito dias do mês de maio do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, João Antonio Dib, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Sofia Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Marcello Chiodo, o Projeto de Lei do Legislativo nº 038/11 (Processo nº 1371/11); pelo vereador Mario Manfro, o Projeto de Resolução nº 017/11 (Processo nº 1786/11); pelo vereador Nelcir Tessaro, o Projeto de Lei do Legislativo nº 052/11 (Processo nº 1708/11); e pelo vereador Paulinho Rubem Berta, o Projeto de Lei do Legislativo nº 034/11 (Processo nº 1211/11). Ainda, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nº 041/11, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, no dia dezesseis de maio do corrente, em audiência pública da Comissão Especial de Habitação Popular e Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, às dezenove horas, em Porto Alegre; s/nº, de autoria do vereador João Carlos Nedel, no dia de amanhã, no evento Brasil Fret 2011, no Município de Gramado – RS –; e nº 034/11, de autoria do vereador Professor Garcia, hoje, na solenidade de posse de integrantes da Frente Parlamentar da Atividade Física para o Desenvolvimento Humano, às oito horas, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 001, 004, 063, 115, 217, 285, 294, 329 e 370/11, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Vigésima Primeira, Vigésima Segunda, Vigésima Terceira, Vigésima Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava, Vigésima Nona, Trigésima, Trigésima Primeira, Trigésima Segunda, Trigésima Terceira, Trigésima Quarta, Trigésima Quinta, Trigésima Sexta e Trigésima Sétima Sessões Ordinárias, da Quinta Sessão Extraordinária e da Primeira e Segunda Sessões Solenes. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Airto Ferronato, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, do dia dezesseis ao dia dezoito de maio do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Mauro Pinheiro. Às quatorze horas e dezoito minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Carlos Todeschini, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 204/09 (Processo nº 4235/09), o qual, após ser discutido pela vereadora Fernanda Melchionna, teve sua discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria da vereadora Maria Celeste. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 030/10 (Processo nº 0790/10), o qual, após ser discutido pelos vereadores Mauro Zacher, Reginaldo Pujol, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Elói Guimarães, Toni Proença, Luiz Braz, Pedro Ruas e Alceu Brasinha, teve sua discussão adiada por três Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador Mauro Zacher. Na oportunidade, a senhora Presidenta registrou as presenças, neste Plenário, do senhor Amaro do Carmo, de alunos, da professora Angela Gobbi e do senhor Tiago Cardoso, da Escola Estadual de Ensino Fundamental São Francisco de Assis, que comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de Educação Política, desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Após, foi apregoada a Subemenda nº 01, de autoria dos vereadores Bernardino Vendruscolo e João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, à Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/10 (Processo nº 4370/10) e foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando que essa Subemenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/10 (Processo nº 4370/10). Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/10, por vinte e cinco votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Foi aprovada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/10. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/10. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 029/11 (Processo nº 1862/11), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Aldacir José Oliboni, João Antonio Dib, Reginaldo Pujol, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, este pela oposição, Fernanda Melchionna. Dr. Raul Torelly e Dr. Thiago Duarte. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/09 (Processo nº 3030/09), por vinte e três votos SIM, após ser discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol, Elias Vidal e Beto Moesch, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador João Antonio Dib, deferido pela senhora Presidenta, solicitando votação em destaque para o artigo 4º do Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 053/09 (Processo nº 1518/09). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 053/09 (Processo nº 1518/09), discutido pelo vereador Carlos Todeschini. Foi votado destacadamente e aprovado o artigo 4º do Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 053/09, por dezessete votos SIM, um voto NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação pelos vereadores João Antonio Dib e Carlos Todeschini, em votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Reginaldo Pujol e Toni Proença, votado Não o vereador João Antonio Dib e optado pela Abstenção os vereadores Dr. Raul Torelly e Mario Fraga. Foi aprovado o Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 053/09. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 173/10 (Processo nº 3768/10). Às dezesseis horas e quarenta minutos, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Fernanda Melchionna e os vereadores Nelcir Tessaro, este pelo Governo, Mario Fraga, Pedro Ruas, este pela oposição, e Nelcir Tessaro. Na oportunidade, por solicitação do vereador Toni Proença, foi efetuado um minuto de silêncio em homenagem póstuma à senhora Regina Tolpolar Jovchelovitch, falecida no dia quinze de maio do corrente. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Resolução nos 022/10, 010 e 013/11; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 132/10, discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol, Engenheiro Comassetto e Idenir Cecchim, e o Projeto de Resolução nº 012/11, discutido pelo vereador Dr. Thiago Duarte. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Idenir Cecchim. Durante a Sessão, os vereadores Luiz Braz, Bernardino Vendruscolo, Aldacir José Oliboni, Reginaldo Pujol, Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna e Pedro Ruas manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e trinta e seis minutos, nada mais havendo a tratar, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato, que solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 16 a 18 de maio.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente Sofia Cavedon; demais Vereadoras e Vereadores; público que nos assiste pelo Canal 16 e nas galerias, vou fazer um pequeno relato a respeito da Frente Parlamentar da Microempresa, da qual sou Presidente.

No dia 29 de abril, realizamos uma reunião da Frente Parlamentar aqui, nesta Casa, com a presença de muitos empreendedores; também com uma parceria com o Sebrae do Rio Grande do Sul, com a presença de alguns Vereadores, e um dos temas que discutimos foi a Lei Geral da Microempresa, a Lei Complementar Federal nº 123/2006. Esta Lei Complementar, Dr. Raul, traz aspectos que facilitam a vida desses empreendedores, das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, das MEs e EPPs. Essa Lei Federal tem que ser regulamentada, Ver. Cecchim - que foi Secretário da SMIC - dentro dos Municípios. Então, nós fizemos esse debate aqui, na Frente Parlamentar, junto com os empreendedores e com o Sebrae, que também expôs alguns números: hoje, no Rio Grande do Sul, já temos 350 Municípios que já regulamentaram a Lei Geral da Microempresa, mas o Município de Porto Alegre ainda não o fez. Apesar de algumas partes específicas da Lei já estarem regulamentadas na cidade de Porto Alegre, a Lei, como um todo, ainda não foi regulamentada. Essa é uma lei que, ao ser regulamentada, facilita a pequena empresa em vários aspectos; um deles é a própria negociação com a Prefeitura, pois facilita a expedição de documentos, como o Alvará provisório, e também quando da participação nas concorrências públicas, fazendo com que essas empresas tenham mais facilidades e sejam priorizadas na venda e nos negócios com a Prefeitura.

Como Porto Alegre ainda não regulamentou a Lei nº 123, nós encaminhamos, na Frente Parlamentar, um pedido de reunião junto ao Prefeito Municipal, para que esses empreendedores e o Sebrae, Ver. João Antonio Dib - que é Líder do Governo -, possam conversar com o nosso Prefeito Municipal, no sentido de sensibilizá-lo para que essa Lei seja regulamentada no Município de Porto Alegre. Fizemos esse pedido, e o Prefeito Municipal, José Fortunati, atendeu este Vereador, que é o Presidente da Frente Parlamentar, junto com o Sebrae, na última sexta-feira, dia 13, na Prefeitura. Também estava presente na reunião o Secretário Municipal da Indústria e Comércio, o sempre Vereador desta Casa, o Ver. Valter Nagelstein, tendo em vista ser uma lei que tem a ver com a Secretaria Municipal da Indústria e Comércio. E o Prefeito, na ocasião, sensibilizado com o pedido deste Vereador, da Frente Parlamentar, informou, Ver. Sebastião Melo, que vai regulamentar a Lei nº 123, a Lei Geral da Microempresa. Inclusive, o Ver. Valter Nagelstein disse que já estaria fazendo um estudo e que irá apresentar a Lei Geral da Microempresa para ser votada nesta Casa, já que essa iniciativa tem que partir do Executivo.

Até aí tudo bem, mas o que me surpreendeu, Ver. Idenir Cecchim, é que o Ver. Nagelstein aproveitou a carona quando da participação nas reuniões e depois colocou nos jornais que ele é que está trazendo a Lei Municipal; pega carona em uma reunião e, no outro dia, noticia que ele vai fazer o lançamento da Lei Geral, que ele está trazendo. É uma barbaridade, e eu acho que é muito ruim isso. Como diria nosso amigo Engenheiro Comassetto: é um chupim.

Há uma Frente Parlamentar que fez todo um estudo, uma luta com o Sebrae, vai lá...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h18min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Srª Presidente, solicito a inversão da ordem de priorização dos trabalhos, estabelecida pela Mesa e lideranças, para que o PLL nº 183/10 passe para o final da priorização, pois o autor não está presente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. Muito obrigada, Ver. Todeschini, pois, na verdade, o autor se encontra em licença médica.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4235/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 204/09, de autoria da Verª Maria Celeste, que reserva às pessoas provenientes de abrigos, albergues ou casas de acolhida do Município de Porto Alegre e inseridas em programas de assistência social unidades habitacionais populares dos programas implantados pelo Executivo Municipal.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 07-02-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 204/09. (Pausa.) A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº 204/09.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Esse é um Projeto de Lei Ordinária, Lei Complementar? Qual é a natureza desse Projeto?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Projeto de Lei Ordinária, Ver. Reginaldo Pujol, precisa de maioria simples.

A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº 204/09.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu queria, em primeiro lugar, parabenizar a Verª Maria Celeste, porque o Projeto por ela apresentado contempla uma preocupação básica daqueles que assistem à necessidade de resolução dos problemas de habitação daquelas pessoas que, por algum motivo, passaram pelos abrigos e albergues. A Vereadora inclui as casas de acolhida do Município também no Projeto. Essa é uma realidade que estamos vendo, sistematicamente, na cidade de Porto Alegre.

Ontem, eu conversava com uma professora da Rede sobre as crianças, Verª Maria Celeste, retiradas ainda na adolescência das suas casas por conta do abuso sexual sofrido, causado por membros da família, e sobre as dificuldades que têm esses adolescentes, primeiro, na adaptação aos abrigos; portanto, a reflexão sobre as políticas de assistência social, o debate sobre a necessidade da interdisciplinaridade das profissões que atendem a esses jovens e a essas crianças são fundamentais; e, num segundo momento, a perspectiva de uma vida. A professora me relatava o caso de uma menina que havia conseguido, depois do término do Ensino Médio, passar no Vestibular e começar a construir uma vida. E faz uma diferença gigante para esses jovens a possibilidade de uma moradia depois de uma situação como essa vivida na infância e na adolescência.

Evidentemente, o Projeto da Verª Maria Celeste não pega só os jovens; é um projeto muito meritório e é muito mais amplo, pois não atende só aos jovens, nele também entram as mulheres vítimas da violência doméstica, que, aliás, ainda assola de forma brutal o Município de Porto Alegre. Em 2010, aumentou 118% o número de mulheres que foram vítimas de violência dentro de casa: violência física, violência moral, violência psíquica. Muitas vezes, por não terem recursos financeiros e também por causa dos filhos, essas mulheres não se dispõem a sair de casa. Os abrigos são uma possibilidade temporária, mas a questão da construção de uma política habitacional e de moradias para essas pessoas é fundamental.

Por isso, inclusive, quando aprovamos dois terrenos para o Programa Minha Casa, Minha Vida, no ano passado, houve uma Emenda nossa - minha e do Ver. Pedro Ruas - no sentido de garantir, no caso de empate, a prioridade para as mulheres chefes de família, que precisam de uma política afirmativa também no que tange à habitação social.

Portanto, é um Projeto que contribui muito para a nossa Cidade. Eu gostaria de discutir, muito tranquilamente, com os nossos Pares do Parlamento Municipal sobre a importância de podermos colocar em lei esse direito e essa possibilidade de uma outra vida, de resgate da dignidade, de moradia digna, a possibilidade, Ver. João Antonio Dib, de reconstruir a sua história, porque as vítimas da violência têm que reconstruir a sua história também nas questões dos equipamentos públicos - e nós estamos aqui zelando por isso - e também na questão dos aspectos emocionais, necessidade da valorização e fortalecimento da autoestima. Nós sabemos da importância das políticas públicas para inibir a violência, mas também para oferecer uma alternativa em vários casos. O Projeto da Verª Maria Celeste abriga, certamente, vários casos.

Eu gostaria de parabenizá-la, colocando novamente a importância da Comissão de Direitos Humanos, que tem feito bons debates aqui na cidade de Porto Alegre.

Ontem, dia 17 de maio, houve a luta contra a homofobia. Nós fazemos debates sistemáticos em relação aos moradores de rua, por meio da Comissão Especial do Ver. Nilo Santos, que também entra no Projeto que a Vereadora ora apresenta. Certamente, é um passo importante para que a gente resolva a questão da habitação, resolva um pedaço da política de reconstrução da vida de milhares de porto-alegrenses.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. MARIA CELESTE (Requerimento): Srª Presidente, nós estamos construindo a possibilidade da aprovação do Projeto; portanto, precisamos ainda conversar com o Governo Municipal. Há um apelo dos Vereadores da base do Governo para que eu peça adiamento, por duas Sessões, desta discussão, para que a gente possa construir a possibilidade da aprovação, tendo em vista a sensibilidade do Plenário pela aprovação.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação Requerimento, de autoria da Verª Maria Celeste, solicitando adiamento de discussão, por duas Sessões, do PLL nº 204/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0790/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/10, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que determina a observância de procedimentos para o uso de piscinas ao ar livre, públicas ou privadas, destinadas a adultos ou crianças e fixadas em residências ou em condomínios, no Município de Porto Alegre.

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Beto Moesch: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 18-05-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 030/10. (Pausa.) O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10, como autor.

 

O SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu apresentei este Projeto a esta Casa no dia 1º de março de 2010, há quase um ano e três meses, e ele tramitou pelas diversas Comissões. Eu tinha a pretensão de que este Projeto pudesse ter sido aprovado ainda no ano passado, o que não foi possível. Confesso aos Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras que é um projeto complexo.

Eu quero citar aqui um Vereador do PTB, de Santo André, que apresenta um Projeto bastante parecido, mas nós aprimoramos, incluímos as normas técnicas da ABNT. Quer dizer, incluímos aqui aquilo que o Município já tem como orientação no que diz respeito ao controle de piscinas ao ar livre, públicas ou privadas, destinadas a crianças ou a adultos.

O que nos leva a apresentar o Projeto - e eu digo isso na Exposição de Motivos - são os diversos acidentes que ocorrem, principalmente com as crianças, no uso de piscinas. Eu uso, na Exposição de Motivos, por exemplo, casos de crianças que prenderam a mão no sugador, no filtro; eu cito casos de meninas que tiveram o cabelo sugado. Talvez as senhoras e os senhores se lembrem de tragédias que aconteceram dentro do lar. Eu me lembro, há muitos anos, de um clube, onde um jovem morreu eletrocutado. E me parece que esse assunto nunca foi tratado com a importância que merece, porque, muitas vezes, falta uma legislação específica, falta uma fiscalização permanente, para que nós possamos garantir a segurança das nossas crianças. Não são só acidentes com crianças, mas são, principalmente, com crianças e adolescentes; são inúmeros os casos de tragédia. Fiz questão de citar alguns, mas poderia citar outros tantos.

Estou dando um prazo de 180 dias para que haja uma mudança, para que haja uma adaptação. Nós estaremos mexendo com clubes, com piscinas públicas do Município e, principalmente, nós estaremos mexendo com as piscinas de condomínios e de propriedades privadas. Então, digo isto porque gostaria de construir aqui, se possível, um consenso. Eu gostaria que as senhoras e os senhores Vereadores estivessem seguros para votar este Projeto, porque ele trará impacto aos clubes, aos condomínios, mas garantirá, com certeza, uma segurança maior aos usuários e detentores de piscinas em seus lares ...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Projeto de Lei do Ver. Mauro Zacher é bem detalhado, pois determina a observância de procedimentos para o uso de piscinas ao ar livre, públicas ou privadas, destinadas a adultos ou crianças, e fixadas em residências ou em condomínios, no Município de Porto Alegre.

Sinceramente, eu já externei ao Ver. Mauro Zacher essa minha preocupação. O Ver. Luiz Braz, Relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, ouviu essa ponderação de nossa parte, quando eu disse que votaria a favor da proposição na CCJ, pela a sua formalidade, pela apresentação adequada e porque eu acreditava que o Legislador poderia fazer um Projeto de Lei com estas características, mas que eu tinha a minha dúvida muito fundada a respeito do alcance do Projeto de Lei.

 

O Sr. Mauro Zacher: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, aqui, por minha assessoria, hoje o Município, através de uma Resolução, já usa quase todos os indicativos que fizemos neste Projeto em garantia. Obrigado, só queria contribuir com o debate.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito. Obviamente V. Exª não desconhecia essa nossa preocupação e já estava preparado para, antecipadamente, já oferecer uma aparente resposta, que, sinceramente, Ver. Mauro Zacher, no que me diz respeito, ao invés de equacionar o problema, agravou-o, porque, se o Município, por uma resolução, hoje pratica um ato que me parece exagerado, Ver. Toni, nós colocarmos na lei, estamos regulamentando, legislando e confirmando - pela via legislativa - esse exagero, no meu entendimento, da ação do Governo. Eu sei que os objetivos do Ver. Mauro Zacher são os melhores possíveis, mas tenho comigo mesmo que há alguns princípios que temos que resguardar. Cada quebra que fazemos nesses princípios é um precedente a mais que se abre e que pode se alargar de tal sorte, que nós vamos ter a liberdade de cada um administrar os seus bens, etc., absolutamente complicada.

Então, eu não sei se podemos determinar procedimentos para uma unidade habitacional unifamiliar, regras de como o cidadão pode ter a sua sala, sua churrasqueira, a não ser aquelas que estão colocadas no Código de Edificação, que são regras gerais. Então, alguns dos procedimentos aqui, se viessem a ser colocados como regra geral no Código de Edificação ou se, em alguns casos, estivesse até inseridos no Código de Posturas Municipais, ou num regramento geral, eu acho que seria lícito. Agora, numa lei ordinária, nós consolidarmos uma resolução que eu desconhecia que existia... Porque eu não tenho piscina nem na minha casa nem no meu edifício, porque o meu edifício não tem condição de tê-la. E eu não pretendo dele me mudar.

Vejo que meu tempo correu, e eu vou, então, concluir dizendo que com as dúvidas que tenho e com o carinho que tenho pelo Ver. Mauro Zacher, eu não vou ter dúvida alguma de que, ao longo dessa discussão, eu não for convencido ao contrário - e eu sou de fácil convencimento -, vou exercitar o meu voto contrariamente ao Projeto, porque eu acho que é um avanço exagerado na cidadania. Nós temos que parar de fazer com que se considere o cidadão um coitadinho a quem precisamos dizer como se comportar, como proteger os filhos...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores e todos que nos assistem e nos acompanham pela TVCâmara - Canal 16 - e pela Rádio Web, o nosso boa-tarde.

O Projeto de Lei do Ver. Mauro Zacher traz uma ideia embutida, que é a preocupação com a segurança e com os riscos possíveis que envolvem o uso de piscinas. E as notícias não são raras, por exemplo, de acidentes ou mesmo de mortes causadas por acidentes em piscinas. O Vereador prevê no Projeto uma altura mínima de 3,5 metros para o trampolim. Por quê? Porque a pessoa não pode mergulhar, não pode “dar um bico” onde não houver a profundidade mínima; ela vai, possivelmente, bater a cabeça, quebrar o pescoço, esse tipo de coisa. Está certo. Assim como as crianças que ficam expostas ao risco, e isso é, de fato, um temor com criança pequena. Quantas notícias nós já tivemos de crianças que se afogaram não só por ter havido descuido dos pais, mas, por exemplo, crianças que se afogaram em creche! Eu conheço casos dessa natureza! Então, a preocupação do Ver. Mauro Zacher é justa e correta.

No entanto, eu estava fazendo uma ressalva ao Projeto, e eu solicito ao Ver. Mauro Zacher que peça o adiamento da discussão por uma ou duas Sessões, para que a gente possa olhar mais alguns detalhes, porque nós não estamos aqui aprovando uma norma técnica - a norma pode ter alguma flexibilidade. Quando se aprova uma lei, ela é definitiva, ela é estanque e não pode ser transgredida. E há uma preocupação justa - porque é uma norma - de que deve ter um piso antiderrapante, com o caimento no sentido inverso da piscina, de, no mínimo, 2 metros de raio. Eu penso que essa é uma norma que, em lei, pode inviabilizar, por exemplo, a opção de muitas casas, de muitas residências que gostariam de ter uma piscina e não vão ter espaço. Então, a minha manifestação é para ajustar, para flexibilizar ou adequar algumas das formulações aqui, porque a ideia é válida.

Nesse sentido, podemos e devemos apoiar a iniciativa do Vereador, assim como os cuidados em geral com a segurança. Sou autor de uma lei - que encaminho, aqui, a pedido do CREA - que prevê a inspeção regular nas instalações prediais da Cidade, porque tem em vista também a segurança; temos marquises, temos fachadas, temos várias situações que expõem as pessoas ao risco. Toda a segurança, toda a norma, todo o esforço, toda a lei do Poder Público para garantir a segurança é muito bem-vinda, é positiva e deve ser apoiada.

Nesse sentido, Ver. Mauro, eu peço a V. Exª que requeira o adiamento, para que a gente possa olhar com mais detalhes esses itens que vão se tornar lei, mas que não podem ser elementos de prejuízo para a melhor fruição da dinâmica da Cidade. Obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, comunico a V. Exª, que é Presidente da Casa, que hoje se encerram os quatro meses de prazo da nossa CPI que está investigando problemas na Secretaria da Juventude. Nós vamos encaminhar um Requerimento a V. Exª, para que possamos prorrogar por até dois meses - talvez não usemos os dois meses - para terminar a CPI, até porque precisamos ainda do Parecer que vai ser dado pelo Ver. Reginaldo Pujol.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado, Ver. Luiz Braz.

O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, até não pretendo usar os meus cinco minutos. O debate é bom, mas é confuso, Ver. Canal, confuso. Em primeiro lugar, eu gostaria de saber quem iria fiscalizar; ponto um. Ponto dois: eu tenho piscina na minha casa; eu sou responsável pelos atos que acontecem dentro da minha casa. Na rua onde eu moro, Verª Fernanda, tem umas 12, 13 casas, e, no mínimo, a metade tem piscina. Como é que eu vou intervir na casa do meu vizinho, dizendo de que forma deve ser a piscina dele?

Eu gostaria de um esclarecimento. Primeiro, quem vai fiscalizar? E outra, Verª Fernanda, é muito difícil eu dizer, Ver. Tessaro, o que o senhor tem que fazer dentro da sua casa. Eu estarei invadindo a sua privacidade e também não tenho poder para isso, e também não tenho poder para julgar os seus atos dentro da sua propriedade.

Então, o Projeto é confuso. Agora, se for para fiscalizar o centro comunitário George Black, que é um órgão público - estou citando exemplos -, ou a piscina do Cecores, aí tudo bem. No seu pronunciamento, eu ouvi o senhor falar que deveriam fazer uma cerca ou qualquer proteção em volta da piscina. Na minha casa, tem um terreno, Ver. Dr. Raul, do qual o limite já estourou. Eu não posso mais fazer nada no limite do meu terreno. E como eu sou uma pessoa correta, eu cumpro aquilo ali, estou dentro do limite. Eu não posso puxar nem uma cerca mais. E eu teria que arrancar a piscina da minha casa.

 

O Sr. Mauro Zacher: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, com toda a exposição de tentar tirar as dúvidas, acho que não há confusões com relação ao Projeto. Ele está bastante bem elaborado; tudo que se tentou construir foi em cima de uma Resolução que o Município já implementa na cidade de Porto Alegre. Então, me parece que confusão não seria o melhor termo a ser usado. Ele está bem claro. O debate nos propicia a oportunidade de, talvez, melhorar o Projeto; aquilo que não fica claro ou que não deve estar dentro da lei, a gente pode puxar para o debate. Agora, ele está muito bem elaborado, e acho que o Ver. Todeschini foi muito feliz na sua explanação, porque, justamente, o que nos levou a apresentar este Projeto foram as inúmeras tragédias e acidentes que acontecem nos diferentes locais - piscinas particulares, de clubes e de condomínios. Obrigado, Vereador.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Obrigado pelo aparte, Ver. Mauro. Eu concordo com o senhor, Ver. Mauro, o Projeto pode ter os seus pontos, mas, até agora, até este momento, ele tem pontos que me deixam muito confuso, e vão deixar, com certeza, se não houver um debate maior, a própria sociedade, a própria população. Então, eu gostaria que fosse, na verdade, bem mais debatido - até mesmo antes de a gente votar - este Projeto, que se diz de extrema importância para a cidade de Porto Alegre. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, acompanhei, com a devida atenção, a colocação trazida pelo ilustre proponente da matéria, o Ver. Mauro Zacher, e devo dizer que se trata, inclusive pelo próprio debate, de um excelente alerta às ocorrências comuns em piscinas tanto públicas quanto privadas, piscinas de toda a ordem no que diz respeito à natureza do material e, principalmente, às questões ligadas à eletricidade.

Bem, mas há um aspecto, Ver. Mauro Zacher, que eu diria invencível, insondável, que é quando se trata de terreno privado. Se V. Exª pedir adiamento, eu sugeriria a V. Exª que retirasse o aspecto privado, porque o seu Projeto, no conjunto, busca controles fiscalizatórios. A preocupação de V. Exª incide nos controles fiscalizatórios, que, fora do público, enfrenta todas as dificuldades; enfrenta a dificuldade do ponto de vista constitucional e do ponto de vista prático, Ver. DJ Cassiá, e V. Exª analisou esse aspecto.

Então, esta questão me parece fundamental. Há que se extrair do Projeto o aspecto privado, pela insondabilidade, pela impossibilidade até mesmo da sua fiscalização, porque o Projeto de V. Exª trabalha na linha dos controles que deve haver sobre os equipamentos, trabalha um pouco na questão da natureza do material, sobre qual o material que deve ser usado nesses equipamentos de lazer, as piscinas, mas, fundamentalmente, os controles. E quanto aos controles, no que diz respeito à questão privada, isso é impossível.

Então, aqui fica a sugestão a V. Exª, para que extirpe a questão privada do Projeto e trabalhe na área pública, assim V. Exª estará dando uma grande contribuição, uma contribuição possível do ponto de vista constitucional e do ponto de vista da praticidade da fiscalização, porque, efetivamente - disse muito bem V. Exª da tribuna -, as ocorrências com crianças, adultos, com choques e, inclusive, afogamentos de crianças, são uma constante. Agora, com o componente privado inserido no comando do Projeto, ele se torna inviável, impraticável e esbarra no preceito constitucional.

Faço o apelo a V. Exª para que expunja do texto a questão que trata do campo privado aqui normatizado pela iniciativa de Vossa Excelência. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10.

 

O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, eu queria, fraternalmente, discordar do Ver. Elói Guimarães e do Ver. Reginaldo Pujol quanto à parte deste Projeto que trata das piscinas em unidades habitacionais privadas. Ora, se toda edificação de Porto Alegre tem uma legislação que inclui tamanho de peças, dimensão de peças, aeração, altura de janelas, tamanho de portas e de aberturas em geral, tubulação de água, de esgoto, de gás, por que nós não podemos estabelecer uma lei que proporcione maior cuidado com as piscinas em Porto Alegre?

 

(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)

 

O SR. TONI PROENÇA: A piscina pode vir pronta quando ela é de fibra, mas a lei propõe o regramento, Ver. Alceu Brasinha, justamente do entorno, de cercamento, do problema dos ralos de sucção - nós temos aí notícias e notícias de cabelos e até de outros órgãos presos no ralo de sucção.

Então, o que propõe o Projeto do Ver. Mauro Zacher, na verdade, é disciplinar a construção de piscinas e a sua instalação; dá, inclusive, um prazo para que as piscinas já instaladas se adequem à nova legislação. E se é verdade que existe um regramento para toda construção civil em Porto Alegre, seja pública ou privada, por que não fazer para as piscinas? Se a gente pode determinar que um banheiro tem que ter área mínima de tantos metros quadrados, se a gente pode determinar que uma janela não pode estar a mais de um 1,5 metro de altura; que uma porta tem que ter um mínimo de 80 centímetros de largura, se ela for externa, e um mínimo 70 centímetros, se for interna; se ela pode determinar e definir toda a construção através das Normas Técnicas Brasileiras, por que não regrar as piscinas? Por que não evitar que as crianças e os idosos, principalmente, terminem caindo na piscina e, inadvertidamente, venham a morrer afogados? Acho que nós podemos e devemos regrar; acho que nós devemos aprovar este Projeto de Lei, porque ele vem proteger os cidadãos e as cidadãs de Porto Alegre, sejam de que idade forem. Parabéns pelo Projeto, Ver. Mauro Zacher!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores; Ver. Elói Guimarães, eu estava ouvindo atentamente V. Exª, assim como eu ouvi também os outros oradores. Ver. Pedro Ruas, é sempre um prazer dialogar com Vossa Excelência. Existe uma Resolução do Governo Municipal, que é a Resolução nº 5/96, e a Norma Técnica nº 1/96, que diz que as piscinas particulares são as de uso exclusivo de seus proprietários e pessoas de suas relações e que as piscinas devem satisfazer algumas condições. E aí, Ver. Reginaldo Pujol, meu grande amigo Reginaldo, vem uma série de recomendações que as pessoas devem seguir para ter o seu projeto aprovado, porque, quando qualquer pessoa vai construir uma piscina, ela tem que seguir um projeto, e esse projeto vai ser liberado pela Prefeitura. Ora, nenhum projeto vai ser liberado pela Prefeitura sem seguir essas normas técnicas que estão aqui sendo exigidas nesta Resolução.

O Ver. Mauro foi além porque não quer mais que uma Resolução venha a regrar a matéria; ele está querendo que uma Lei regre a matéria, e ele colocou, então, não apenas os regramentos da Norma Técnica, mas foi além, para que a sua Lei pudesse buscar todas as conveniências necessárias para que as pessoas possam ter segurança em suas casas, principalmente com relação às crianças e aos idosos.

Então, acho que fica respondido o questionamento do meu amigo Reginaldo Pujol, pois fui Relator dessa matéria na Comissão de Constituição de Justiça e dei Parecer para que o Projeto pudesse continuar tramitando. É isso o que a gente faz lá na Comissão de Constituição e Justiça, porque, com toda a certeza, nós, Vereadores, podemos, sim, colocar as regras necessárias inclusive para as propriedades particulares, a fim de que as pessoas, quando forem liberar os projetos para construir suas piscinas, tenham seus projetos dentro dessas regras.

Eu só não vejo, Ver. Mauro, em relação às piscinas que já estão construídas, o que iremos fazer para que essas regras sejam obedecidas. O Município pode cobrar daqui para frente, porque ele libera os projetos, ele analisa todos os projetos de construção de piscina e verá se eles se enquadram dentro da Lei. Agora, como o Município irá fazer quanto às que já estão construídas? Não temos suficientes fiscais que consigam fazer com que haja a interdição da piscina.

Então, eu acho que essas regras poderiam ser muito boas, Ver. Mauro - e agora não estou mais falando pela Comissão de Constituição e Justiça - para as piscinas que vão ser construídas daqui para frente; não vejo como o Município vai poder fiscalizar aquilo que já existe hoje. Então, eu, que dei parecer favorável, pois acho que Vossa Excelência tem todo o direito de fazer esse regramento, gostaria que Vossa Excelência pudesse explicar e justificar como é que nós vamos colocar em prática essa legislação no nosso Município, porque, senão, será mais uma lei, e nós não precisamos simplesmente de mais uma lei; nós precisamos de uma lei que faça com que a nossa sociedade possa estar mais segura, que é o que V. Exª pretende quando legisla pensando exatamente nas crianças e nos idosos. Então, eu pediria a V. Exª para, quem sabe, adiarmos a votação...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10.

 

O SR. PEDRO RUAS: Minha cara Presidente, Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores; público que nos assiste no dia de hoje; Ver. Mauro Zacher, o Ver. Luiz Braz foi muito preciso nas suas observações, como geralmente acontece, e demonstrou muita atenção ao Projeto. Eu tenho uma visão, Ver. Zacher - e tenho essa convicção desde anteontem, segunda-feira, quando eu, a Ver. Fernanda Melchionna e a coordenação do PSOL estudamos este Projeto -, de que o seu Projeto tem méritos indiscutíveis. Se há algum detalhe que possa ou até deva ser acrescentado, eu, francamente, não vejo com urgência; pelo contrário, respeitando as manifestações, respeitando a observação do Ver. Luiz Braz, respeitando também a do Ver. Elói Guimarães - mas divergindo dele, com o respeito que merece Vossa Excelência, um Vereador competente e com muito conhecimento da matéria municipal -, eu quero dizer, Ver. Zacher, que o seu Projeto merece e deve ter aprovação.

Do meu ponto de vista, temos um número muito expressivo de problemas, e, nestes problemas, algumas tragédias que justificam um procedimento dessa natureza. Mais ainda: eu entendo que temos a obrigação, Ver. João Dib! Eu saio da esfera específica da prerrogativa, e V. Exª tem toda a razão da prerrogativa, mas vou além, porque me parece que, sobre esta matéria, temos verdadeira obrigação de legislar. Nós não podemos, Vereadoras e Vereadores, simplesmente deixar que, por uma resolução bem-intencionada, sim, mas absolutamente incompleta e com toda necessidade de ser atualizada, o Legislativo Municipal não cumpra o seu papel. Este é o nosso papel, e mais: neste caso específico, já com algum atraso. Era isso que eu falava para a Verª Fernanda na segunda-feira; apenas fui confirmar alguns detalhes com V. Exª, Ver. Zacher, porque trabalhamos com cópia do Projeto e com o resumo da nossa Assessoria, mas, com a análise global, mais se reforça o ponto de vista da aprovação imediata do Projeto. Eu não conheço ainda - talvez não exista - alguma emenda ao Projeto, e não descarto que possa haver, Ver. Todeschini, não tenho essa análise neste momento, terei a seguir, mas, com relação ao Projeto, já temos posição favorável, pois ele preenche lacuna importante, porque ele está dentro das nossas prerrogativas e das nossas obrigações e porque ele traz realmente um ganho significativo e até mesmo exemplar para a Cidade. Por isso, Ver. Mauro Zacher, receba os nossos parabéns e o compromisso de lutar pela aprovação do seu Projeto. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Quero registrar a visita de 15 alunos do 5º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental São Francisco de Assis, acompanhados pela Professora Angela Gobbi; pelo avô de uma aluna, Sr. Amaro do Carmo, morador do Rio de Janeiro em visita à nossa Cidade; e do funcionário Tiago Cardoso. Esta atividade faz parte do Projeto Educação Política que a Seção de Memorial desenvolve. Parabéns às professoras, à Escola, pelo engajamento e visão da educação integral. Sejam muito bem-vindos, alunos e alunas.

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigada, Srª Presidente. Ver. Mauro Zacher, eu vejo que o seu Projeto, até certo ponto, é bom, mas também vejo um ponto onde surgirá mais burocracia. Imagine que, hoje, para aprovar um projeto de um cidadão que quer fazer uma casa, já leva algum tempo, e isso é a maior reclamação das pessoas que querem aprovar um projeto. Já falam isso. E aí tem mais o projeto da piscina junto para ser aprovado, é alguma coisa a mais que vai ter mais complicação.

Outra questão que também vejo, Ver. Tarciso, é como será feita a fiscalização. Como será feita a fiscalização, Ver. Carlos Todeschini? Hoje nós temos um problema sério de fiscais. Hoje, quando uma construção fica pronta, para fazer a vistoria de entrega já é difícil, Ver. Carlos Todeschini. E aí eu pergunto: como fazer a fiscalização onde é privado? Há hotéis que também têm piscina. E aí, como se faz essa fiscalização? Eu gostaria de debater mais esse assunto, Ver. Carlos Todeschini, para ver o que pode ser feito, e como este Vereador pode ajudar ou colaborar para ser aprovado esse Projeto.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Alceu Brasinha, agradeço o aparte. Quero me manifestar porque há pouco também fui inquirido sobre isso em função do Projeto que temos sobre a inspeção predial. Só quem pode fiscalizar isso é a Prefeitura, possivelmente através dos seus órgãos, em especial a SMOV, ou se ela vier a delegar alguém competente, através de um instrumento também competente, para fazer essa fiscalização, mas a fiscalização cabe ao Poder Público e não é transferível. Obrigado.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver. Carlos Todeschini. Eu acho que nos clubes caberia essa fiscalização, mas também, Ver. Todeschini, eu penso que o cidadão que tem uma piscina na sua casa, geralmente o seu espaço já está esgotado para botar uma proteção, mas tem como fazer uma proteção, sem que precise de Lei, para a tubulação.

Ver. Mario Zacher, eu quero pedir para que o senhor solicite o adiamento da votação desse Projeto, porque quero ser seu parceiro. Há algumas partes com que eu não concordo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais ninguém inscrito para discutir a matéria.

 

O SR. MAURO ZACHER (Requerimento): Srª Presidente, eu percebo que o Projeto trouxe um bom debate. Alguns Vereadores ficaram com dúvidas, e outros ficaram com a disposição de contribuir, para que possamos aprimorar o Projeto e tirar essas dúvidas. Diante do mérito, e da possibilidade de aprovarmos uma legislação específica para essa matéria - ultrapassando aqui os limites ou as resoluções que já existem, que já garantem algum tipo de encaminhamento -, estou solicitando o adiamento da discussão por três Sessões, que permitirá que possamos produzir uma reunião. E eu já identifiquei os Vereadores que estão contribuindo e querem contribuir através de Emenda, para que possamos fazer um belo debate. Desde já agradeço a participação e as palavras proferidas pelos Vereadores que foram positivas para o encaminhamento de aprovação de uma legislação dessa amplitude. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Mauro Zacher, solicitando adiamento da discussão, por três Sessões, do PLL nº 030/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLCE nº 016/10, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo. (Lê.): “Modifica a redação do § 3º do art. 30, proposto pela Emenda nº 01: Art. 30 .... § 3º - O Prazo para apresentação do recurso, acompanhado do Laudo de Avaliação, será o maior prazo dentre os dois a seguir: I - prazo de validade da estimativa; II - 30 (trinta) dias a contar da data da emissão da guia de reestimativa”.

Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, solicitando dispensa do envio da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, ao PLCE nº 016/10, à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4370/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 016/10, que revoga o § 7º do art. 6º da Lei Complementar nº 197, de 21 de março de 1989, que institui e disciplina o Imposto sobre a transmissão “inter-vivos”, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais a eles relativos. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Nilo Santos: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 02-05-11;

- discutiu a matéria o Vereador B. Vendruscolo;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLCE nº 016/10. Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação a Emenda nº 01 ao PLCE nº 016/10.

Por solicitação do Ver. Reginaldo Pujol, vou ler a Emenda nº 01 ao PLCE nº 016/10. (Lê.): “Inclui artigo 2º ao PLCE nº 016/10, renumerando o atual art. 2º, como segue: Art. 1º... Art. 2º - O art. 29 e o § 3º do art. 30, todos da Lei Complementar nº 197, de 21 de março de 1989, passam a vigorar como segue: ‘Art. 29 - Discordando da estimativa fiscal, o contribuinte poderá solicitar, até a data da validade daquela estimativa, reclamação à Fiscalização da Receita Municipal, que procederá a uma reestimativa fiscal. Art. 30 ... § 3º - O prazo para apresentação do recurso, acompanhado do laudo de avaliação, será até a data da validade da estimativa ou até 30 dias contados da data da emissão da guia de reestimativa, o prazo que for maior.”

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Só para um esclarecimento, Srª Presidente. A nossa modesta pretensão é só disciplinar o § 3º do art. 30, que faz parte da Emenda nº 01. Portanto, nós estamos entrando com a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu apenas quero esclarecer aos Vereadores qual a mudança de sua Subemenda. Está claro para todos, é uma precisão e retira o termo “o prazo que for maior”, será o maior prazo. A Subemenda determina que será o maior prazo entre os dois.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda nº 01 ao PLCE nº 016/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 25 votos SIM.

Em votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLCE nº 016/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o PLCE nº 016/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 029/11 – (Proc. nº 1862/11 – Ver. Aldacir José Oliboni) – requer Moção de Apoio à regulamentação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 29, que trata da fixação de percentuais de investimento, na saúde, da União, Estados e Municípios.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 029/11. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 029/11.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, saudações ao Igor Fortes, que está aqui nos acompanhando, uma grande liderança da região da Glória.

Eu queria, primeiramente, chamar a atenção dos colegas Vereadores e Vereadoras para o fato de que, segundo a Presidência do Congresso Nacional, estará sendo votada na próxima semana, a famosa PEC da Saúde, a Emenda Constitucional nº 29, que está na Ordem do Dia. Por essa razão, nós achamos importante fazer uma Moção de Apoio a esta PEC, até para poder fazer uma discussão mais ampliada do que ela significa para nós. E o cidadão que está nos acompanhando, Ver. Todeschini e Ver. DJ Cassiá, é importante que saiba o que representa isso.

Então, essa Moção de Apoio à regulamentação da Emenda Constitucional, PEC nº 29, é feita pelo seguinte motivos: considerando que a regulamentação da proposta da Emenda Constitucional PEC nº 29 fixará percentuais de investimentos da União, dos Estados e dos Municípios, a regulamentação da Emenda nº 29 possibilitará que os gastos passem a ser planejados pela aplicação dos recursos da Saúde, pois a União deverá aplicar 10% da sua Receita; os Estados, 12%; e os Municípios, 15%.

Sabemos nós que a grande maioria dos Municípios já, segundo eles, como é o caso de Porto Alegre, investe, Ver. Elói Guimarães, mais que 15%. Portanto, para poder atender à demanda e à necessidade atual, eles já estão investindo - ao longo de vários Governos - além dos 15%.

Alguns Municípios do interior do Estado trabalham com a ideia da ambulancioterapia, não constituem um centro de atendimento médico, um hospital, Ver. Dr. Raul e, simplesmente, tratam a ideia de buscar esses atendimentos nos grandes centros, como é o caso de Porto Alegre, que é uma referência no atendimento médico. Ora, nós temos que obrigá-los, através de lei, a investirem na saúde preventiva, através do Programa de Saúde da Família, das Unidades de Saúde, de um Centro de Especialidades, e que, para grandes problemas de saúde, diagnósticos delicados, possam, sim, se dirigir aos grandes centros.

Mas essa PEC não vai obrigar apenas os Municípios, mas também o Estado. E nós sabemos que o Estado do Rio Grande do Sul, independentemente de quem esteja ou esteve no Governo, Ver. Elói, Ver. Haroldo e Ver. Dib, tem que aplicar, sim, 12% da sua Peça Orçamentária, coisa que, ao longo dos anos, poucos Governadores fizeram. Eu poderia dizer que, desde que eu sou Vereador, nunca vi nenhuma manifestação pública aqui de que qualquer Governador tenha aplicado os 12%. Portanto, a PEC vai obrigar esses Governadores a destinarem 12% da Peça Orçamentária para a redistribuição dos programas de saúde em todo o interior do Estado. E a União, mais do que isso! Nós não temos certeza de qual foi o Presidente da República que investiu 10% da Peça Orçamentária. Muitos outros programas surgiram, e, até hoje, Prefeitos, Governadores vão a Brasília buscar recursos, mas que tenha havido uma obrigatoriedade que, inclusive, comprometesse todos os Governos - federal, estadual e municipal - para investir esse volume grande de recursos para a Saúde, não houve.

Portanto, este Governo Federal, que tem uma grande composição dos aliados, que são de muitos Partidos, como estão aqui os nossos colegas Vereadores, como no Governo do Estado e no Município, tem que ter o compromisso sério de investir, no mínimo, o que diz a Peça Orçamentária ou o que vai dizer agora a PEC que será aprovada no Congresso Nacional, Ver. João Antonio Dib.

Portanto, a Moção de Apoio é suprapartidária, é em prol da sociedade brasileira, é em prol da população que, hoje, muitas vezes, é desassistida e que pergunta: “Afinal de contas, vocês políticos vão fazer alguma coisa ou não?” Esta é uma sinalização positiva...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 029/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, eu, na realidade, sinto-me quase que realizado em relação à Emenda Constitucional nº 29/00. No ano passado, eu havia proposto igualmente uma Moção de Apoio à votação da regulamentação desta Emenda. Eu fiz aquela solicitação, porque, em 2008, já estava tudo pronto para ser votada a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29/00. E o Dr. Luiz Inácio mandou dizer, com todas as letras, que não era para votar. E eu vi e ouvi o Deputado Henrique Fontana, Líder do Governo Federal, dizer que, de acordo com o desejo de S. Exª, o Presidente da República, não deveria ser votada, e, sim, no ano de 2009, porque 2008 era ano de eleição para Prefeitos, Vereadores, e poderia dar confusão. Eu atento fiquei para o ano de 2009 e mandei fazer a mesma indicação para a Câmara Federal. E o Sr. Vice-Presidente da República, hoje, o Sr. Michel Temer, mandou dizer que seria votada, mas, em 2009, não fizeram nada. Em 2010, os Prefeitos foram a Brasília pedir para votarem a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, do ano de 2000; portanto, tem 11 anos a Emenda Constitucional.

Para minha tristeza, eu ouvi o Sr. Vaccarezza, Deputado Federal, Líder do Governo, transmitindo a ordem do Dr. Luiz Inácio, Presidente da República, que não votassem, porque não havia interesse do Governo Federal, mas, agora, como é um Vereador do PT quem faz a indicação, é possível que a Presidente Dilma não dê a ordem para não votar a regulamentação.

Colocou bem o Ver. Oliboni que a maioria dos Municípios gasta mais do que os 15% destinados à Saúde. O Município de Porto Alegre gasta sempre, e há bastante tempo - não só agora, já no Governo do PT também -, em torno de 20%. Agora, essa Emenda diz que a União deve gastar 10% da sua arrecadação tributária na Saúde; hoje, gasta 4% e, às vezes, suplementa em cima desses 4%. Portanto, gasta menos do que 4%, mas gastando 10%, nós teremos melhores condições na Saúde.

Por outro lado, eu não quero nunca mais ouvir - parece que agora pararam de falar, porque o Governo do PT está aí e acho que não está mandando os seus 12%, o percentual devido - que a Governadora Yeda tivesse deixado de pagar a sua parcela de contribuição para a Saúde do Município, porque o Governo do Sr. Olívio Dutra, do PT, não pagou, tanto é que o Sr. Olívio Dutra foi condenado na Justiça a pagar a sua parcela para o Município de Porto Alegre e para os Municípios em geral. O Governo do PT não pagou! O Governo do PT impediu que fosse votada a Emenda nº 29. Agora, eu quero ver o que vai fazer o novo Governo do PT.

Eu acho que, sendo um Vereador do PT encaminhando a solicitação, é possível que a Presidente Dilma se comova. Leva o meu voto também. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 029/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, sobre essa matéria procurei conversar com vários Vereadores, até que, com o Ver. Oliboni, esclareci o fato. Eu já havia esquecido a data em que essa PEC foi proposta. O Ver. Oliboni me disse que foi em 2001; por conseguinte, tem 10 anos de tramitação. Ver. Todeschini, já votei, nesta Câmara, pela quarta ou quinta vez, apoiando essa proposição, e vai lá para o Congresso, anunciam, há uma mobilização nacional e, no final, dão um jeito de não votar de novo essa matéria.

Diz o ditado popular: “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Acho que somos como a água mole, tentando e retentando, repetindo o gesto, Ver. Elias, na expectativa de, ao final e ao cabo, neste glorioso ano de 2011, venha a ocorrer “o parto da montanha” e que surja o ratinho e que tenhamos aprovada essa Emenda que regra com menos intensidade para o Poder Central, que é o dono do dinheiro e que tem que aplicar 10% em Saúde, a partir da sua vigência; obriga o Estado a pagar 12% - o Estado, que hoje já seria obrigado, constitucionalmente, a estar pagando esses 12%, mas que não tem dinheiro sequer para pagar 6% - e exige dos Municípios 15%.

 Aliás, vejo uma discussão aí, Ver. Dib - V. Exª, que é nosso decano -, a respeito da Reforma Política. E eu pergunto se vamos continuar com essa farsa de federação e querer fazer a Reforma Política dando uma mexidinha na Lei Eleitoral. Isso aqui não leva a coisa nenhuma. Por mais óbvio que seja, eu quero emprestar a minha solidariedade, o meu apoio à proposta do Ver. Oliboni, que não se pejou, mesmo integrante do Partido do Governo na União, no Estado e quase no Município - bateram na trave as relações -, não teve dúvida em reconhecer esse fato e pediu apoio.

Agora, eu quero deixar muito claro que, a exemplo do Código Florestal, Vereadora Presidente, é mais do que evidente: quando o Governo não quer, não se vota. E este Governo aprendeu ligeiro, faz oito anos que ele já sabe disso, porque, quando o Governo Fernando Henrique não queria, também não votava.

Eu estou misturando um assunto com outro, mas não posso perder a oportunidade de dizer o seguinte: enquanto a Federação ficar nessa lengalenga que hoje existe, nós vamos continuar fazendo Moção pedindo que aprovem as coisas no Congresso, e o Congresso só vai aprovar, só vai votar se o Governo deixar. Senão, não aprova, não vota e nem considera essas manifestações que estão saindo de todo o Brasil, não só da Câmara de Porto Alegre, de apoio à Emenda 29, meu caro Ver. Idenir Cecchim, que eu sei que também é favorável à aprovação dessa Emenda, porque isso é um consenso nacional, porque é preciso se botar mais recurso na Saúde. Já que se colocou na Constituição que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, há que se prover de recursos o setor Saúde para que se cumpra a norma constitucional. Senão, vamos continuar dando discurso aqui na Câmara de Vereadores e em todas as Câmaras Municipais deste País. Era isto, Srª Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Reginaldo Pujol. O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 029/11.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, sem dúvida, quando se falar, quando se discutir, quando se pensar em Saúde no Brasil, que já tem uma grande caminhada, nós não podemos esquecer e nem fazer menos daquilo que se conquistou até hoje, porque a Saúde, antes da Constituição de 1988 era uma coisa; agora é outra bem diferente. Nós instituímos no País o direito ao acesso universal dos cidadãos ao SUS - Sistema Único de Saúde -, que tem muita qualidade, mas que, como é um sistema novo, ele requer aprendizados, aperfeiçoamentos e sobretudo financiamento adequado.

É disso que estamos tratando quando se fala da Emenda nº 29, da obrigatoriedade de todos os entes federados concorrentes, ou seja, União, Estados e Municípios, cumprirem as suas obrigações constitucionais para com o financiamento da Saúde: 10% da União, 12% da receita líquida dos Estados e 15% dos Municípios. Ocorre que os Municípios, em regra, todos, praticamente, cumprem a sua obrigação, investem 15%, 16%, 17%, 18%, 19% até 21%, 22%. A União cumpre também a sua obrigação quase na totalidade, e os Estados-membros não têm cumprido, têm ficado muito distantes disso, e não é porque não queiram cumprir, é porque não têm recurso, Ver. Pujol, esse é o problema. Então, nós temos que auxiliar e nós todos temos dever, como cidadãos e como Parlamentares, de auxiliar os governos a cumprirem essa equação.

A Governadora Yeda fez um esforço monumental, começou cumprindo 3,5% chegou a 5,5%, 5,3% do Orçamento; faltou, portanto, 6,7%, e usou como artifício lançar as despesas do IPE e da Corsan como despesas em Saúde, mas são coisas diferentes. Doze por cento é recurso único e exclusivo para a Saúde, é assim que o Estado tem que resolver, mas isso não está resolvido. Essa é uma equação que tem que ser buscada, mas é a solução para os problemas que nós identificamos como problemas fundamentais de falta de recurso e de financiamento. Destaca-se: os Municípios têm feito a sua parte e mais do que a obrigação, mas o tamanho do Estado é superior. Por isso, Ver. Oliboni, saúdo V. Exª pela iniciativa de propor esta Emenda, sei que é a vontade, é o desejo do Presidente Lula, é o desejo do nosso Partido e dos Partidos que integram o Governo, mas, como é uma conta significativa, como é uma conta vultosa, temos de buscar a construção dessa aprovação de modo a garantir a estabilidade, a perenidade e as garantias de que vamos ter o financiamento adequado e necessário para suprir as necessidades e podermos ter, assim, uma Saúde que chegue ao plano ideal.

Nós temos uma boa Saúde pública, não podemos nos esquecer disso, mas ela pode chegar a um patamar em que tenha um padrão desejado, otimizado. E é por isso que temos de aprovar esta Emenda nº 29, porque ela vai regulamentar e garantir os recursos para que isso aconteça. Obrigado pela atenção de todos. Obrigado, Ver. João Dib.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 029/11, pela oposição.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras; senhoras e senhores, sempre quando qualquer colega Vereador traz um tema que apresente uma discussão sobre a Saúde, creio que é importante que possamos ocupar todos os espaços do debate. E agora já existe um acordo do Governo Federal de votar a PEC nº 29, esta Emenda Constitucional que foi amplamente debatida e amplamente reivindicada por toda a sociedade brasileira, que é fazer com que haja um regramento na República, nas três esferas, Município, Estado e União, na destinação de um percentual fixo dos recursos arrecadados para a Saúde pública.

Nós temos o nosso Sistema Único de Saúde, que é o SUS, e um dos seus princípios é a universalidade. Agora, para que haja a universalidade no atendimento de Saúde, os entes federativos têm de destinar os recursos para a aplicação efetiva na Saúde, seja na preventiva, seja na curativa.

O sistema de Saúde que foi desenhado, o SUS, é um belo sistema, e hoje o mundo todo olha para o Brasil. Inclusive, há bem poucos dias, Ver. DJ Cassiá, os Estados Unidos, cujo sistema social entrou em colapso, olhavam para o Brasil para poder se espelhar no Sistema Único de Saúde. E o que diz a PEC nº 29? Que a União deverá destinar, no mínimo, 10% dos seus recursos à Saúde, e o Estado, no mínimo, 12%. E aqui eu faço uma ressalva, meu querido Ver. João Antonio Dib: o Estado já tem uma lei. Desde que cheguei a esta Câmara, eu e os demais colegas cobramos, incessantemente, primeiro, do Governador Rigotto; depois, da Governadora Yeda, que fizessem os repasses constitucionais da Saúde para Porto Alegre. A Yeda terminou o seu mandato devendo R$ 50 milhões para a Saúde de Porto Alegre. E, com isso - prezado Fortes, que aqui está e compõe a Câmara Técnica do Hospital Parque Belém -, faltou esse recurso na base, faltou lá no Hospital Vila Nova, faltou na Santa Casa, faltou no Hospital Beneficência Portuguesa, faltou no Hospital Parque Belém, entre outros. Com a votação da PEC, o Estado terá que destinar 12%. O Governador Tarso Genro já disse que vai cumprir, que quer fazer um debate com a sociedade, para que possa escalonar até chegar ao cumprimento legal e regimental. E os Municípios terão que destinar, no mínimo, 15%. E aí quero fazer outra ressalva aqui, Ver. Mauro Pinheiro. Porto Alegre é um Município que, há muito tempo, já cumpre a aplicação de, no mínimo, 15%. Não é de hoje, já faz mais de duas décadas que Porto Alegre aplica entre 18% e 20% da sua arrecadação na Saúde pública do Município. Portanto, no que diz respeito à aplicação dos recursos por parte de Porto Alegre, Ver. Oliboni, o Município já vem cumprindo e, mesmo assim, é insuficiente. Por que é insuficiente? Porque, no mínimo, o Estado não cumpre, não vinha cumprindo com a sua responsabilidade. E nós, Presidente Sofia, nesses sete anos que estou nesta Câmara, sempre tomamos conhecimento de todos os repasses do Governo Federal, através do Ministério da Saúde. São colocados aqui no espelho da Sessão, diariamente, mas nós nunca conseguimos ver isso! Eu fiz vários requerimentos que não foram atendidos, Ver. Elói, nem pelo Governador Rigotto, nem pela Governadora Yeda Crusius, de cujo Governo o senhor fez parte. Eu solicitava que se mandasse para esta Casa a informação dos repasses de recursos para a Saúde. Portanto, eu quero aqui, Presidente, que se faça um requerimento, novamente, ao nosso Governador Tarso Genro, para que nos envie a informação dos repasses de recursos da Saúde, do Estado para Porto Alegre. Um grande abraço e muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, eu queria esclarecer ao Plenário que a cópia desta Moção será encaminhada à Presidência da República, ao Presidente do Congresso Nacional, ao Presidente da Câmara dos Deputados, ao Ministério da Saúde, ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, à Assembleia Legislativa, à Secretaria Estadual da Saúde, ao Prefeito Municipal, à Secretaria Municipal da Saúde, ao Conselho Nacional da Saúde, ao Conselho Estadual e ao Conselho Municipal da Saúde, à Associação Brasileira dos Prefeitos e à Associação dos Prefeitos do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 029/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidenta, eu, a princípio, Ver. Aldacir Oliboni, não viria encaminhar, porque tenho certeza de que a Moção será aprovada por este Plenário. E já aproveito para parabenizá-lo pela iniciativa da Moção. Entretanto, pela história que temos - nós, do PSOL -, pela atuação aguerrida que teve a nossa ex-Deputada Federal Luciana Genro na Câmara Federal, pelas intervenções dos Deputados Ivan Valente e Chico Alencar e pela nossa luta nacional pela regulamentação da Emenda Constitucional nº 029, não poderia me furtar a subir a esta tribuna para falar em nome do PSOL - em meu nome e em nome do Ver. Pedro Ruas. Primeiro, falo da necessidade da regulamentação dessa Emenda que já foi aprovada. Cabe aos nossos telespectadores a explicação de que essa Emenda precisa ser regulamentada pelo Governo para passar a vigorar. A Emenda estipula um percentual mínimo de investimento na área da Saúde. Estabelece, basicamente, que compete à União investir 10% do seu orçamento na Saúde; ao Estado, 12%; e ao Município,15%. Entretanto, Ver. João Antonio Dib, que sempre fala a respeito da Emenda Constitucional nº 29, nós precisamos fazer a cobrança, pois o Projeto está na Câmara Federal desde 2001, esperando a regulamentação. E, se isso não foi feito até agora, foi por uma postura do Partido dos Trabalhadores, que esteve na presidência durante oito anos, com o Governo Lula e, agora, com o Governo Dilma. Se não foi regulamentado, foi porque não houve vontade política do Governo Federal, que é justamente quem não investe os 10% do seu Orçamento na área da Saúde, como prevê a Emenda Constitucional nº 29. E não quero safar o Governo do Estado, porque o Governo Yeda foi uma vergonha, foi o Governo que menos investiu na área da Saúde no Brasil inteiro. De todo o País, foi o Governo que menos investiu! E o novo Governo que começa tem que se comprometer com os 12% do Orçamento do Estado do Rio Grande do Sul, conforme prevê a Emenda Constitucional nº 29, como falou o então candidato e agora Governador Tarso Genro durante a campanha eleitoral. O que não dá mais é a Saúde continuar como está. O que não dá mais é para fechar os olhos para os milhões de casos de pessoas que passam meses esperando por uma consulta numa especialidade, anos esperando por uma cirurgia no Sistema Único de Saúde, para a falta de medicamento nos postos. Aliás, uma vergonha, até o medicamento dos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul serviu para quadrilhas desviarem dinheiro público, como nós estamos assistindo agora. Medicamentos para pessoas carentes que precisam que eles sejam ofertados pelo SUS, esses foram alvos de corrupção, Ver. Paulinho Rubem Berta, o que é inaceitável. Não dá para seguir, por um lado, a impunidade nesses casos de corrupção e, ao mesmo tempo, a ausência ou os poucos recursos investidos pelo Poder Público. No Hospital Pronto-Socorro, que nós visitamos dezenas de vezes, debatemos sobre as dificuldades pelas quais passa, há necessidade de funcionários, há necessidade de equipamento, há necessidade de melhoria no seu atendimento. O Hospital de Clínicas... Todos os hospitais municipais, estaduais e federais precisam de recursos para melhorar o atendimento à população. Nós não podemos aceitar a situação por que passa a Saúde pública no Brasil inteiro.

Por isso é importante a votação da Moção do Ver. Oliboni, porque a Emenda Constitucional nº 29 traria muitos recursos para a Saúde pública. Estima-se o valor em cerca de R$ 80 bilhões a mais para a Saúde pública, em âmbito federal, se eu não me engano, o que, de fato, poderia ajudar a desenvolver muito as políticas de Saúde em todas as esferas. Agora, o que não dá é o povo brasileiro seguir pagando a conta da dívida pública, enquanto falta medicamento, falta médico, falta atendimento, falta cirurgia. Portanto, pela aprovação da Moção do Ver. Aldacir Oliboni e a cobrança necessária ao Governo Lula e ao Partido dos Trabalhadores.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 029/11.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Presidente Sofia, Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem, eu não poderia deixar de vir a esta tribuna, porque são mais de 30 anos em que a gente vem lutando como médico na área da Saúde desta Cidade e militando por uma Saúde melhor. A nossa luta, só em termos da regulamentação e da eficácia da Emenda nº 29, ou seja, para que seja atendida a população através da Emenda nº 29, já vem desde a sua aprovação, desde o seu encaminhamento; já dura dez anos. Por quê? Porque nós precisamos, realmente, evoluir, no nosso País, na área da Saúde pública. E, para que nós consigamos evoluir, nós precisamos de determinação política, porque só com atos políticos que visem não apenas ao discurso, mas à ação pública é que nós vamos conseguir melhorar a qualidade de vida de todos. Eu sou do tempo em que nós nos dividíamos entre indigentes, ou seja, pessoas que não tinham direito à Saúde; aqueles que tinham alguma instituição, tipo IAPI, IAPC, Iapetec, e aí tinham um atendimento diferenciado; e aqueles que tinham recurso próprio para pagar o atendimento particular, o que hoje é cada vez mais inexpressivo em função do sistema de saúde que vige no nosso País. Então, ao longo desses anos, foram surgindo os mais variados tipos de planos de saúde, entre os quais o maior de todos, o que é universal, igualitário, o SUS, que foi constituído através da Constituição de 1988, da Lei de 1990, que instituiu o SUS, a sua regulamentação e o seu controle social. E a Emenda nº 29 nada mais faz do que direcionar, efetivamente, os recursos da Saúde para a Saúde, como a CPMF e outros indicativos, recursos esses que deveriam vir para o atendimento, para o ambulatório, para a cirurgia, para a contratação de médicos. Hoje foi feita uma pesquisa nacional pelo IPEA, que comprovou que a grande queixa da população, quase 70%, é a falta de médicos no SUS. Não temos médicos suficientes. Por que não temos médicos suficientes? Porque os salários não são adequadamente remuneratórios; porque, quando o médico se forma, depois de mais de nove anos de formação superior, muitas vezes, faz um concurso público para enfrentar um salário inicial de mil e poucos reais! Então, trabalha na sua própria clínica, atendendo na sua especialidade, onde, muitas vezes, tira esse valor de salário em um dia de atendimento. É o que acontece com muitos e muitos colegas. Quem trabalha na área da Saúde pública - não só os médicos, mas todos os profissionais da área da Saúde - trabalha muito mais por missão do que por qualquer tipo de remuneração. E, para darmos um atendimento adequado a toda população, sabemos a diferença que existe entre um quase voluntariado ou um voluntariado, e a questão de remuneração adequada. O voluntário faz quando pode se doar, quando quer; aquele bem remunerado pode ser cobrado, exigido e tem que, efetivamente, dar a contrapartida, que é o que toda sociedade precisa.

Nisso a Emenda nº 29 - e aqui estamos nos posicionando, com certeza, favoravelmente à Moção do Ver. Aldacir José Oliboni - vai contribuir, colaborar. Acredito que a Presidenta Dilma tem uma sensibilidade especial para a área da Saúde, o que, efetivamente, não foi demonstrado, o que foi posto de lado durante todo o período que antecedeu, que foi o Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 029/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras, venho aqui mais no sentido de ratificar a posição do PDT. Tenho certeza de que a posição dos Vereadores Mario Fraga, Mauro Zacher, Tarciso, Luciano Marcantônio é de apoiar a Moção do Ver. Aldacir José Oliboni no sentido da regulamentação da Emenda nº 29.

A minha fala vai muito ao encontro do que mencionou o Ver. Dr. Raul. Nós temos dois grandes problemas no SUS hoje, que é, sem dúvida, o sistema mais amplo que se tem no planeta: o problema de gestão e o problema de financiamento. Em Porto Alegre, passo a passo, nós temos avançado muito na gestão - isso nós temos que reconhecer -, mas o problema do financiamento ainda fica, efetivamente, muito aquém das necessidades da Cidade. E, realmente, sem recursos, a Saúde não sobrevive.

Saúde não é um gasto; Saúde é um investimento, e principalmente o Município tem que ter investimentos na questão da promoção e proteção à saúde, principalmente na atenção primária. Hoje em dia, tem-se discutido muito, com a questão do PSF, os modelos, e aquele que se tem preconizado muito não é mais o modelo piramidal de nível primário, secundário ou terciário. Hoje em dia, nós estamos migrando, em função dos bons exemplos que temos mundo afora, para um sistema em forma de estrela, onde o PSF está no centro desse processo. O médico que fica próximo à família está no centro desse processo num sistema chamado radial, que, na verdade, é onde temos a necessidade do atendimento secundário, do especialista - o paciente vai, retorna ao seu médico -; a necessidade da cirurgia, do pronto atendimento - o paciente vai à unidade terciária, ou hospital, retorna ao seu médico. Esse sistema, efetivamente, para dar certo, precisa de investimento. E o investimento tem que partir do local onde o cidadão está mais próximo, que é do Prefeito. O Ver. Oliboni, num pequeno lapso na sua fala, falou “nós vamos encaminhar ao Prefeito da Saúde”. Sim, sem dúvida, nós vamos encaminhar a sua Moção, Ver. Oliboni, ao Prefeito da Saúde, Prefeito José Fortunati, Prefeito de Porto alegre. Estamos com o senhor, vamos apoiá-lo, e parabéns pela iniciativa. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não havendo mais quem queira encaminhar, em votação o Requerimento nº 029/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3030/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/09, de autoria do Ver. Elias Vidal, que inclui art. 9º-A na Lei Complementar nº 618, de 10 de junho de 2009 – que institui a adoção de equipamentos públicos e de verdes complementares por pessoas jurídicas e revoga a Lei Complementar nº 136, de 22 de julho de 1986 –, dispondo sobre o cercamento de áreas destinadas ao entretenimento infantil.

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Toni Proença: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Dr. Raul: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 21-06-10.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLCL nº 017/09, de autoria do Ver. Elias Vidal. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/09.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o Ver. Elias Vidal propõe a inclusão do art. 9º-A na Lei Complementar nº 618, de 10 de junho de 2009, em que fica permitido ao adotante, nos termos do inc. II do art. 3º da Lei Complementar nº 618, de 10 de junho de 2009, o cercamento das áreas destinadas ao entretenimento infantil. § 1º - Fica o adotante responsável pela manutenção e pela conservação da área cercada; § 2º - Qualquer decisão no sentido de atender ao disposto neste artigo dependerá de avaliação do órgão competente no Município. A Lei Complementar que é revogada, a de nº 136, de 22 de junho de 1986 - uma Lei bem antiga -, é, fora de dúvida, o que poderia gerar alguma discussão.

Há uma característica neste Projeto, Ver. Beto Moesch, que quero salientar: todas as Comissões que conheceram o Projeto opinam pela sua aprovação, e os Relatores são pessoas que merecem de nós, como todos, uma consideração muito especial. O Vereador, que é o signatário do Parecer na Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, é ninguém mais, ninguém menos, do que o Ver. João Dib, nosso decano. Na Comissão de Constituição e Justiça, de que faço parte, o parecerista é o Ver. Luiz Braz, ex-Presidente desta Casa. Vejam bem que já citei dois exemplos que, por si só, nos dão o grau de relevância da análise feita pelas Comissões, que é complementada na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, com o aval do Parecer de um líder comunitário que tem se consagrado nesta Casa, o Ver. Paulinho Rubem Berta.

Vejam o seguinte: eu tenho, todos sabem, mantido uma posição coerente, o máximo possível, nesta Casa. Entre as várias posições que eu tenho sustentado, uma é de que a análise da Comissão é fundamental. Eu não tenho o direito de levantar óbices a uma matéria - salvo quando ela é muito flagrante, é muito evidente -, se ela vem recomendada por todas as Comissões da Casa. Eu não vi aqui, Vereadora-Presidente, em nenhum momento, qualquer restrição ao Projeto, não há um voto contrário em todas as Comissões. A rigor, poderia se dizer que já foi aprovado pela Casa; todos votaram a favor. Então, ainda que eu entenda, com um juízo crítico até certo ponto exagerado, que o Projeto tem um pequeno grande defeito, que é não culminar pena, ainda que eu considere isso, pela relevância da proposta e pela decisão unânime de todas as Comissões da Casa, Ver. Paulinho Rubem Berta, inclusive o seu Parecer, favorável à proposição, não me resta outro caminho, senão dar um voto de confiança ao autor, às Comissões e acompanhar votando...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/09.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Srª Presidente, Ver. Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, vou ser bem sucinto e objetivo. Se este Projeto for aprovado, vai ser uma satisfação, porque acredito que este Vereador estará dando uma contribuição no que se refere à Saúde pública. Nós temos dois bons médicos nesta Casa, que trabalham muito pela Saúde comunitária, o Ver. Dr. Raul Fraga e o Ver. Dr. Thiago. Os demais Vereadores que, mesmo não sendo médicos, sabem que a prevenção sempre será o melhor caminho.

Este Projeto é resultado, também, de uma pesquisa feita em nível de Brasil, que apontou o perigo e as ameaças à saúde que existem nas praças públicas do Brasil - houve também um programa que foi ao ar. A pesquisa feita pela USP mostra que, em grande parte de nossas praças, os recantos infantis são extremamente contaminados. Ali, os cachorros, outros animais, e até mesmo o ser humano, urinam, defecam. Então, não será um cercamento de toda a praça, mas um cercamento só dos recantos infantis.

Além dessa questão da contaminação, da questão da preservação da saúde, porque muitos parasitas, muitos agentes patológicos são achados, causadores de moléstias, de doenças, e as nossas crianças muitas vezes são frágeis a certos tipos de doenças - só por isso o Projeto já seria muito louvável -, há a questão também da própria segurança. O que acontece? Crianças de dois, três, quatro anos correm muito, são muito dinâmicas, e, às vezes, a mãe se distrai, e, em questão de segundos, a criança corre, sai do recanto infantil, que, muitas vezes, está situado perto de uma avenida, de uma rua movimentada. O cercamento dará também uma maior segurança para aquela mãe, aquela babá que está cuidando da criança, porque ela estará num recanto infantil cercado, com um cercamento baixo.

O melhor de tudo isso é que não há ônus para a Prefeitura. O setor privado pode adotar uma praça e fazer sua conservação, e a Prefeitura, a Secretaria afim, pode regrar tudo em relação a este Projeto, para que se tenha um bom trânsito à comunidade, à praça, às crianças, e para que os animais não tenham acesso para trazer parasitas e outros agentes que causam doenças e, muitas vezes, levam até a morte da própria criança. Então, se eu puder contar com o apoio de todos os senhores, agradeço, e a Cidade também. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/09.

 

O SR. BETO MOESCH: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em relação ao Projeto de Lei do Ver. Elias Vidal, eu queria já, de forma muito objetiva, dizer o seguinte, Ver. Cecchim: isso já está normatizado na Capital do Rio de Janeiro. Lá é obrigatório, é obrigação em todas as praças do Rio de Janeiro, uma cidade de 7 milhões de habitantes, uma cidade - eu estava lá agora, no fim de semana; a minha irmã mora lá há mais de 20 anos - que é muito arborizada, e bota arborizada nisso, que tem muitas praças, que possui a maior reserva florestal em área urbana do mundo, a Floresta da Tijuca, com 4 mil hectares, dentro da cidade, dividindo a Zona Sul com a Zona Norte, criada por D. Pedro II para salvar os mananciais de água do Rio de Janeiro, no século XIX. Imaginem! Depois, Ver. Dib, foi criado aqui, nos anos 50, com o mesmo espírito, o Parque Saint’Hilaire. Por que eu digo isto? Porque o Rio de Janeiro tem know-how em áreas verdes. O orçamento para praças e parques no Rio de Janeiro é infinitamente maior do que o nosso, sempre foi. É uma cidade que depende do turismo, e é impressionante, Ver. Oliboni, o cuidado que as praças do Rio de Janeiro têm. Nunca, nem na minha gestão, nós conseguimos chegar perto, pela SMAM. Nem na administração de vocês, nem na nossa, porque o orçamento lá é maior.

O que o Ver. Elias Vidal propõe é até muito modesto. Ele não diz que todas as praças devam ter nos seus playgrounds cercamento, mas isso é, Verª Maria Celeste, direito da criança e do adolescente. As pessoas que não têm condições de ter clubes ou não têm, nos seus condomínios, locais para brincar dependem de quê? Das praças e parques, que são os locais mais democráticos da Cidade.

Um dia esta Cidade vai valorizar mais as suas praças e parques, porque a visão ainda é muito de depósito, como nós discutimos aqui, esses dias, sobre os terminais de ônibus, por exemplo: bota na praça, bota na praça! Casa de associação de bairro: bota na praça. Tudo é na praça. Praça é praça; casa é casa; sede de associação é sede de associação; terminal é terminal. Aqui em Porto Alegre, não: bota na praça. Posto de Saúde: bota na praça. Creche: bota na praça. Abre uma rua: bota no meio do parque.

No Rio de Janeiro não é assim. No Rio, não é assim, já que é para comparar. Esse não é um problema de governo, é de sociedade. Isso é cultural. Nós, aos poucos, estamos valorizando as nossas praças e parques. E a sociedade mais carente é a que mais depende das praças e parques, porque não tem clube e não tem condomínio para poder brincar e fazer esporte. Por isso tem que ter segurança no playground, para que, por exemplo, o cachorro não entre e faça as necessidades ali dentro - e esse é um dos motivos da Lei no Rio de Janeiro. E não é só a segurança, é a questão da Saúde pública, como V. Exª colocou bem aqui, Ver. Elias Vidal, e até o fator psicológico do cercamento de um playground. Mas o Projeto não obriga, apenas diz que o adotante poderá, se assim entender, oferecer o cercamento no respectivo playground ou nos brinquedos da respectiva praça ou parque.

Portanto, V. Exª está de parabéns porque valoriza esse espaço tão importante e tão democrático, que são as praças e parques. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, por solicitação do Ver. Reginaldo Pujol, o PLCL nº 017/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1518/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 053/09, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que institui, no Município de Porto Alegre, a obrigatoriedade de instalação de medidores individuais de consumo de gás nas edificações condominiais, residenciais, comerciais e de uso misto, que possuam centrais de distribuição de gás e dá outras providências. Com Substitutivo nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto, e pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Substitutivo nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Substitutivo nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Substitutivo nº 01;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Substitutivo nº 01.

 

Observações:

- prejudicada a tramitação do Projeto, nos termos do art. 56 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 02-06-10.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 053/09. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 053/09.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadores, Vereadoras, esclareço aos caros colegas que o que está em votação é a decisão sobre o Substitutivo nº 01 do Projeto de Lei que prevê a obrigatoriedade de medidores individuais de consumo de gás nas edificações condominiais, residenciais, comerciais e de uso misto que possuam centrais de distribuição de gás e dá outras providências. Explico: como o Projeto original invadia algumas competências tanto do Município como do particular. Então nós recebemos o Parecer das Comissões e fizemos o saneamento dessas irregularidades tidas no Projeto original. Então, com o Substitutivo corrigindo, está plenamente sanado.

Com o passar dos tempos, Ver. Oliboni, novos serviços vão se apresentando para a sociedade, e este Substitutivo, em particular, recebeu a aprovação de todas as Comissões - Parecer do Ver. Melo, da CEDECONDH, pela aprovação; Parecer do Ver. Braz, da CCJ, pela aprovação; Parecer do Ver. Brasinha, da CUTHAB, da mesma forma; Parecer do Ver. Airto Ferronato, da CEFOR, pela aprovação do Substitutivo. Enfim, todos pela aprovação do Projeto, o que é desejável pelo seguinte: muitas vezes, o que acontece quando se tem só uma medição de gás geral? Digamos que temos apartamentos com seis, sete, às vezes oito pessoas, e um apartamento ao lado com duas pessoas, geralmente um casal de idosos. Hoje a conta é distribuída equitativamente entre todos, mas há gente que cuida seu consumo e gente que não cuida.

O gás tem seu principal uso para o aquecimento da água para banho, e há gente que toma banho de cinco minutos, e há gente que toma banho de meia hora, o que, vamos dizer de pronto, é errado, mas quem controla? A forma adequada de fazer esse controle é fazer a medição individual, porque faz justiça de um lado: quem consome indevidamente paga. Agora, não é justo que o meu vizinho pague por mim, se estou desperdiçando! Como as coisas que são medidas são possíveis de serem controladas, então a instituição da medição é para ter controle, é para que as pessoas possam ter consciência do seu consumo e do seu gasto e produzir justiça. Se houver mais pessoas em uma família, é justo que ela pague mais. A conta de gás não é uma conta leve, é uma conta significativa nos condomínios, mas quem cuida, quem preserva tanto gás como água vai pagar aquilo que produziu como esforço.

Por último, o Projeto prevê a medição nas novas edificações, não obriga as antigas a fazerem. Por que isso? Porque isso causaria transtorno.

Nós recebemos manifestação do Secovi apoiando a ideia, por exemplo, porque isso vai trazer benefício, economia, e vai ser bom para todos. Por isso, peço apoio para que aprovemos o Substitutivo nº 01 do Projeto original, porque será bom para a cidade de Porto Alegre e para todos. Em outras cidades do Brasil como Rio de Janeiro e São Paulo, isso já é comum, mas aqui ainda não é lei, e nós podemos dar um passo importante nessa direção em Porto Alegre. Obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoamos a votação em destaque do art. 4º, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, ao Substitutivo nº 01 do PLL nº 053/09.

Não há mais quem queira discutir o Projeto. Em votação o PLL nº 053/09. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar.

Votaremos primeiramente o art. 4º, destacado pelo Ver. João Antonio Dib, ao Substitutivo nº 01 do PLL nº 053/09.

Vamos ler o art. 4º do Substitutivo nº 01 do PLL nº 053/09 (Lê.): “Nas edificações onde houver aquecimento central de água, deverá ser instalado, em cada unidade, 1 (um) medidor de água quente para cada coluna de água quente, com o objetivo de realizar o rateio da despesa decorrente do consumo de gás ou de outro combustível utilizado para o aquecimento da água”.

Como o Ver. João Antonio Dib destacou todo o art. 4º, se aprovado o destaque, caem também os §§ 1º e 2º. Então (Lê.): “§ 1º A forma de cálculo do rateio será definida em assembleia de condomínio. § 2º Deverá ser instalado 1 (um) medidor individual de consumo de gás para a apuração do consumo da central de aquecimento de água”.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do art. 4º, destacado, ao Substitutivo nº 01 ao PLL nº 053/09.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, na verdade, eu apenas li o art. 4º e fiz o destaque quando se trata da água quente. Quanto ao medidor do consumo de gás, que é um dos parágrafos, eu não me preocupei, porque, realmente, eu acho que o consumo de gás deve ser medido, e a maioria dos edifícios modernos tem essa medição. O meu edifício tem; outro dia consultei alguns Vereadores, e eles disseram que também há medidores em seus edifícios. Agora, água quente central é muito difícil. Não há muitos edifícios, não sei, não conheço nenhum, mas deve haver. Vamos até assustar quem queira fazer esse tipo de serviço para os edifícios. No caso da água, ele está dizendo que (Lê.): “Os projetos de edificações condominiais devem prever, na planta de distribuição de gás...” Está certo. Agora, quanto ao outro, ele está dizendo: “Nas edificações onde houver aquecimento central de água...” Quer dizer, se hoje há algum edifício com aquecimento central, ele tem que se adaptar à Lei. Ele não está dizendo para os próximos, ele está dizendo para os existentes, nesse caso. Então, é por isso que eu destaquei, mas, evidentemente, eu só destaquei o caput porque não me dei conta de que ele pede a forma de controle de gastos por apartamento, por escritório, ou o que seja, enfim, está definida no sentido de como fazer, mas eu acho que aqui se entende que, hoje, quem tiver aquecimento central de água vai ter que fazer a instalação de medidores, e eu voto contrariamente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação do art. 4º, destacado, ao Substitutivo nº 01 do PLL nº 053/09.

O Luiz Afonso esclarece que votaremos “sim” se quisermos manter o art. 4º, e votaremos “não” se o quisermos derrubar. Portanto, o Ver. Todeschini encaminha o art. 4º separadamente.

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia; Vereadores, Vereadoras e Ver. João Dib, o art. 4º é um artigo eminentemente técnico, para fazer a apropriação e para fazer a medição, que se faz através de um diferencial: tem um medidor de gás. Por que medidor de gás? Porque o gás, também encanado, tem outras finalidades, como fogões, etc. e a água quente para também saber o que é o consumo de água quente nas colunas. Então, é uma questão técnica para aperfeiçoar a produção e o corpo, a intenção do Projeto, que é a de produzir justiça, produzir equilíbrio. Então, a forma adequada de apropriação é essa.

Agora, o § 1º diz que a fórmula de cálculo do rateio será definida em assembleia do condomínio. É uma questão que também remete ao condomínio decidir como é que vai ser o critério, conforme o seu entendimento de maior produção de justiça. E o § 2º diz que deverá ser instalado um medidor individual de consumo de gás para a apuração de consumo da central de aquecimento de água. Então, são questões muito técnicas que só visam produzir uma melhor contabilidade dos elementos que vão estar em jogo, é só isso. E eu não vejo motivo do porquê vetar, porque ele também faz parte aqui do conceito fundamental e da alma do Projeto. Então, só quero ser muito breve e explicar isso. Muito obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu quero, antecipadamente, pode-se creditar como encaminhamento de votação, dizer que acho que a Redação Final vai precisar deixar claro o que eu sei que é a intenção do autor, de que nada disso é para os prédios onde já estão instalados. Como ele prevê que é na planta, eu entendo que o § 2º acaba vinculando os demais. Por isso, eu votarei, inclusive, a favor da manutenção do art. 4º, mas entendo que em Redação Final - e estou fazendo essa ressalva - tenha de ficar mais claro de que tudo isso diz respeito a futuras edificações; as já existentes não são alcançadas pelo Projeto de Lei do Ver. Todeschini, pelo seu Substitutivo.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sim, só para confirmar, essa é a intenção do autor.

 

(Aparte do Ver. João Antonio Dib fora do microfone. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Exatamente, Ver. João Antonio Dib, o Projeto não é claro nesse sentido, a Redação Final vai manifestar, refletir o que será aprovado por Vossas Excelências.

Em votação nominal o art. 4º, destacado, do Substitutivo nº 01 ao PLL nº 053/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 17 votos SIM, 01 voto NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação o Substitutivo nº 01 ao PLL nº 053/09. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3768/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 173/10, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que inclui a efeméride Dia de Conscientização sobre a Cardiopatia Congênita no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, no dia 12 de junho.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 23-03-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 173/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLL nº 173/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. APROVADO.

Parabéns a todos. O acordo para a Ordem do Dia foi cumprido integralmente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h40min): Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3127/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 022/10, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao Piquete Cavaleiros de São Caetano.

 

PROC. Nº 1309/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 010/11, de autoria do Ver. Toni Proença, que concede a Comenda Porto do Sol ao senhor Júlio Silva de Oliveira.

 

PROC. Nº 1542/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 013/11, de autoria do Ver. Professor Garcia, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à Paróquia Santo Antônio do Partenon.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2776/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 132/10, de autoria do Ver. Sebastião Melo e outros, que altera o inc. IV do art. 10, o inc. I do art. 25, o § 3º do art. 30, o caput do art. 31, o art. 32, o caput e os §§ 1º e 2º do art. 33 e o caput e seus incs. I, VI e IX do art. 36; inclui §§ 3º, I e II, 5º e 6º no art. 30, art. 32-A, § 3º no art. 33 e §§ 1º e 2º no art. 36; e revoga o § 4º do art. 30, o § 1º do art. 31, o art. 34 e o inc. XVIII do art. 51; todos na Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999 – que disciplina o uso do Mobiliário Urbano e Veículos Publicitários no Município e dá outras providências –, e alterações posteriores, dispondo sobre definições e tipologia, autorizações e veículos em edificações.

 

PROC. Nº 1449/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 012/11, de autoria do Ver. Waldir Canal, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à Empresa Pública de Transporte e Circulação S/A – EPTC.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TONI PROENÇA (Requerimento): Desculpe-me, Verª Fernanda, mas eu gostaria de solicitar um minuto de silêncio em razão da morte da Sr. Regina Jovchelovitch, mãe da Srª Marlova Jovchelovitch, Diretora de programas da Unesco no Brasil. Ela era uma ilustre porto-alegrense que faleceu anteontem.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Primeiramente, ouviremos a Verª Fernanda Melchionna que já está na tribuna.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Vereadores, Vereadoras, eu gostaria de tratar de dois temas. O primeiro diz respeito à Audiência Pública que fizemos no Bairro Cristal, a respeito da remoção das famílias para a realização de obras da Copa de 2014. Essas famílias não foram consultadas e não há planejamento que contemple a gestão democrática. Ouvimos a comunidade durante uma bela noite de quinta-feira, e, nessa Audiência Pública, realizada no Bairro Cristal, tomamos um encaminhamento: que a Prefeitura apresentaria, até o dia 12 ou 14 de junho, o traçado previsto para a duplicação da Av. Tronco, que atinge 1.600 famílias, porque, além de essas famílias não saberem qual é a sua possibilidade de terreno perto do local de moradia - que serão transferidas -, qual é a proposição da Prefeitura, como ficarão as pessoas que há 40 anos vivem naquele local e se constituíram como cidadãos e cidadãs morando naqueles bairros? Sequer o traçado foi previsto. Não é à toa que a ONU tem apontado que o Brasil, para as obras de 2014, incluindo a cidade de Porto Alegre, falta no planejamento, falta na democracia, falta na garantia dos direitos humanos e ataca, lamentavelmente, os princípios democráticos do direito à moradia e o direito à discussão.

E eu venho a esta tribuna cobrar, cobrar do Governo. Ver. João Antonio Dib, que é Líder do Governo, que se comprometeu conosco, sobretudo na palavra do representante do DEMHAB, do Secretário Adjunto do DEMHAB - pois não estava presente o Dr. Goulart na Audiência; o Secretário Adjunto estava representando-o -, que se comprometeu em apresentar, em 12 ou 14 de maio, o traçado para a comunidade, sendo que apresentaria à Câmara a data, para que nós chamássemos a comunidade e, de fato, pudéssemos apresentar, no mínimo, o traçado da duplicação da Av. Tronco. Como todos sabem, não preciso dizer que dia é hoje; passaram-se, no mínimo seis dias da data que a Prefeitura havia marcado para apresentar à comunidade, ficando de confirmar, e nada até então foi encaminhado, nem sequer a reunião, nem sequer a apresentação para os Vereadores, Vereadoras e comunidade. E nós, mais uma vez, queremos cobrar a data da apresentação e cobrar da Prefeitura, que tem que discutir com as comunidades e tem que garantir a questão dos direitos humanos e do direito à moradia, que muito bem prega a Constituição e o Estatuto das Cidades.

Quero concluir, Srª Presidente, com um convite aos Vereadores e às Vereadoras. Na sexta-feira, recebe, na Câmara Municipal, a Comenda Porto do Sol, o Deputado Estadual Marcelo Freixo, que tem sido uma das principais, senão a principal figura pública no Brasil na luta por Segurança pública com direitos humanos; foi o Deputado que, junto com os movimentos sociais do Rio de Janeiro, encaminhou a CPI das Milícias, mostrando à sociedade brasileira como se formam essas verdadeiras máfias que oprimem o povo das periferias do Rio de Janeiro, cobrando sobre todos os serviços básicos da comunidade, usando toda forma de violência física, moral e coerção contra as comunidades cariocas; esse Deputado que, a partir da sua CPI, conseguiu o indiciamento de 283 envolvidos, a listagem de mais de mil envolvidos com essas máfias chamadas milícias; o Deputado que vem combatendo essa questão do contrabando de armas numa sociedade em que se vê aumentar a quantidade de armas, de tragédias, de massacres, como os que passam os nossos colégios, escolas, professores, professoras, estará aqui na nossa Câmara, na sexta-feira, às 15h, recebendo...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Defiro o pedido do Ver. Toni Proença para que se faça um minuto de silêncio em razão do falecimento da Srª Regina Jovchelovitch.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, ocupo esta tribuna pela Liderança de situação, com a permissão do Ver. João Antonio Dib, para falar de três fatos importantes, cujo esclarecimento eu entendo ser fundamental e, também, para solicitar, em nome do Governo Municipal, providências.

Primeiro, eu quero dizer para a Verª Fernanda Melchionna que eu acompanhei, como Diretor do DEMHAB, como Presidente da Câmara de Vereadores, e agora pela SECOPA, as discussões com as famílias da Av. Tronco. E está havendo, sim, uma democracia. Inclusive, eu sugeri, na época, esta discussão, que fosse feito o levantamento técnico e socioeconômico de todas aquelas famílias. Não podemos, em benefício de uma Copa do Mundo ou em prol da abertura de uma grande avenida que vai dar acesso do Centro à Zona Sul, fazer com que essas famílias tenham prejuízo. Somos contra o prejuízo, e o Governo Municipal também não quer esse prejuízo para nenhuma daquelas famílias. Eu acho muito importante o diálogo; foi dito que, no mês de junho, teremos o conhecimento do projeto. Eu também quero estar presente para conhecer este projeto das moradias, da remoção daquelas famílias, para assim iniciarmos aquelas obras.

Quero também fazer aqui um relato. Eu estive, hoje pela manhã, visitando as famílias do Chocolatão, Ver. Toni Proença, pelas quais trabalhamos tanto, desde 2006, para que saíssem do Centro da Cidade. E eu quero fazer um apelo, Ver. João Antonio Dib, ao Governo do Estado, àquelas pessoas que têm contato com a CEEE: parte daquelas famílias, que estão desde a última quinta-feira naquele local, está sem luz. Oitenta por cento não tem luz ligada, porque a CEEE continua afirmando que as famílias que tinham débitos de R$4,00, R$10,00, R$50,00 ou R$180,00 não podem ter a ligação de suas luzes enquanto não acertarem esses débitos. Por favor, estamos diante de uma situação diferenciada! Estamos fazendo um apelo ao Governo do Estado, à CEEE - o Ver. Airto Ferronato não está aqui hoje, eu ia solicitar a ele que fizesse essa interferência junto à presidência da CEEE -, para que ligue essas luzes, emergencialmente, sem o relógio, e depois resolva caso a caso, como fizemos no ano de 2006, na Vila dos Papeleiros. Primeiro, colocamos as famílias, e os relógios foram colocados conforme os cadastros das famílias naquele local. É inadmissível que as famílias percam os seus alimentos, e que as crianças continuem tomando banho frio, com essa temperatura que está. É lamentável essa situação, não podemos permitir! Então, faço um apelo a todos os governistas do Estado, que hoje façam contato com a CEEE, que liguem as luzes para aquelas famílias, façam as ligações elétricas e, depois, caso a caso, vão colocando o relógio e cadastrando. Isso é o correto, é fazer com que aquelas famílias tenham dignidade.

Por último, eu quero dizer que o Governo Tarso, nesta semana, na segunda-feira, decretou que a área da FASE, onde estão morando cerca de 1.400 famílias, no Morro Santa Tereza, acima da FASE, seja transformada em área residencial para aquelas famílias, a fim de regularização fundiária.

Quero dizer, Ver. Reginaldo Pujol, àqueles que estiveram aqui na semana passada e na outra, pedindo que ali houvesse um parque, que não há mais possibilidade. Ali vai haver, com toda certeza, a regularização fundiária para o atendimento àquelas 1.400 famílias. Eu acho que é importante, se as famílias vão permanecer naquele local que hoje estão residindo, que façam então toda a infraestrutura necessária. Agora, que não deixem aquelas famílias continuarem a residir nas condições em que estão. Não podemos permitir mais favelas, porque eu considero aquele local o Centro da Cidade. Se nós estamos trabalhando com a Vila do Chocolatão e estamos trabalhando para que a Vila Keddie, até o final do ano, saia da Av. Nilo Peçanha, pois ali eles passam um inverno dos piores que há, vamos fazer com que também haja dignidade e uma transformação no morro da FASE. Obrigado, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Só para questão de notas taquigráficas, Srª Presidente, fui confirmar alguns nomes: representando o DEMHAB, a Srª Horácia; representando a Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico, o Secretário Adjunto Roni Marques Correa, que assumiu o compromisso de, em 12 ou 14 de maio, apresentar o traçado, que não foi apresentado, Ver. Mario Fraga. Então, faço novamente a cobrança, mas com determinado nome.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está certo, Vereadora. É um aparte que a Verª Fernanda incluiu na sua fala. E informo ao conjunto de Vereadores, Ver. João Antonio Dib, que, de fato, na Audiência Pública, ficou um compromisso do Governo Municipal de reunir-se novamente, agora, nesse período. E nós estamos cobrando a reunião.

O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; público que nos assiste pela TV Câmara, estamos aqui mais uma vez para usar a Liderança do PDT, na forma de rodízio, como estabeleceu o nosso Líder, Ver. Mauro Zacher.

Queria dizer que estive fazendo uma visita, hoje pela manhã, na Vila Farrapos, para dar uma olhada nas obras. Confesso que fazia um ano que eu não visitava a Vila Farrapos, e fiquei muito contente com o que foi executado pelo Município lá. As praças da Vila Farrapos, Ver. Pujol e Ver. Dib, elas foram executadas no tempo do Prefeito Loureiro da Silva. Agora, com um projeto que começou com o Prefeito Fogaça, e agora com o Fortunati, foram revitalizadas 25 praças. Está muito lindo! Estivemos lá a convite da comunidade, visitando essas obras e também olhando o posto de saúde, que tem alguns problemas. Nós estamos levando ao Secretario Casartelli, que, diga-se de passagem, tem atendido muito bem este Vereador, a reivindicação do posto de saúde.

Também falamos com o Diretor Flávio Presser, lá do DMAE, porque houve um problema no mês passado: duas ou três vezes faltou água na Vila Farrapos. Já falamos com a assessoria do DMAE, e foi providenciado esse assunto. Então, queria mandar um abraço para o pessoal da Vila Farrapos.

Do outro lado da Cidade, onde atuo, em Belém Novo, estivemos em uma ótima reunião na segunda-feira, ex-Vereador Valdir Fraga, que sempre nos acompanha, no Núcleo Comunitário Chapéu do Sol, onde esteve presente um dos mais fortes representantes das entidades do transporte coletivo de Porto Alegre, que é o Sr. Antônio Augusto. E eu confesso que não conhecia o Sr. Antonio Augusto em conversas, apenas de cumprimentos, e fiquei sabendo o porquê de ele ser tão forte nessa área. Ele é uma pessoa que entende muito do assunto; fez uma demonstração do que é STS, sobre gráfico, sobre a história. Eu fiquei muito contente, mas eu levei para ele algumas reclamações, principalmente quanto aos horários de pique da Linha 268, Belém Novo, na parte da manhã, às 6h e depois às 18h, no fim da linha, na Av. Borges de Medeiros. Ele se comprometeu conosco.

Este é o recado que eu quero dar, Valdir Fraga, que nos acompanha sempre: na segunda-feira, nós montaremos uma operação de guerra para cuidar os horários da Linha 268, mas, o que é mais importante, acompanhados da STS, para ver os resultados, e um grupo da comunidade se comprometeu com este Vereador de estarmos às 6h e às 18h, nos dias 23 e 24 de maio, na Av. Borges de Medeiros. Nós faremos duas horas de campana em cima dos horários da Aviação Belém Novo, em especial a Linha 268, a pedido do Secretário Antônio Augusto, que é o Dirigente da STS. Ele pediu que acompanhássemos a equipe dele, e este Vereador com a sua equipe, comprometeu-se a estar lá, na próxima segunda e na próxima terça, às 6h e às 18h.

Então, eu queria fazer, mais uma vez, um agradecimento à STS a ajuda a este Vereador, e estaremos lá para ver os horários, para ver o que a população está sofrendo, porque, Dr. Pujol, falar e falar é muito fácil; então estaremos lá para comprovar e para ver o que é preciso. O Antônio Augusto já se comprometeu e, se for possível, ele ajeitará esse horário. Eu acredito que esteja faltando um ou dois horários, no máximo, para resolver a situação daquela comunidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, Ver. Mario Fraga, V. Exª está agindo como eu penso que tem que agir mesmo. Eu estou à disposição para acompanhar nos horários das 6h e das 18h, e o Ver. Brasinha também.

O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. PEDRO RUAS: Presidente Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; público que nos assiste, o dia de ontem, 17 de maio, marcou, para todos nós, algo que, no mundo inteiro, está convencionado como o Dia de Combate à Homofobia. Particularmente, para esta Câmara Municipal, o dia de ontem não passou em branco. Numa iniciativa da maior relevância da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, presidida pela Verª Maria Celeste e integrada por outros Vereadores daqui - não lembro de todos -, eu, a Verª Fernanda Melchionna; a Verª Sofia Cavedon, Presidente da Casa; a Verª Maria Celeste, o Ver. Toni Proença - representando os demais Vereadores e Vereadoras, Ver. Pujol, - estivemos ontem no Bar Passefica, ali na Rua República, nº 50, que é um bar temático, é um bar GLS, que sofreu recentemente a brutalidade da discriminação.

Foi lá, Ver. Luciano Marcantônio, no dia de ontem, que lembramos da Audiência citada pela Verª Maria Celeste, provocada pela Verª Fernanda Melchionna, em cima de denúncias que nós recebemos e que, no dia de ontem, tiveram também um desdobramento.

O que percebemos em tudo isso - essa foi a escolha correta, Verª Maria Celeste; cumprimento V. Exª nesse sentido - é que o Bar Passefica, por ser vítima da discriminação, por ter sido atacado exatamente porque é um bar temático, um bar GLS, um bar que prega a diversidade, o direito à livre orientação sexual, foi o marco inicial da nossa campanha de combate à homofobia. Agora, há pouco, Ver. Toni Proença, eu vi as fotos em que estão V. Exa, a Verª Sofia, a Verª Celeste, a Verª Fernanda e este Vereador. Ver. Oliboni, fiquei com o maior orgulho da nossa Casa, da nossa CEDECONH, Ver. Celeste, daquilo que podemos fazer como Vereadores e Vereadoras comprometidos efetivamente com as causas da Cidade e com as causas da humanidade, com as causas que são universais. E o combate à homofobia é uma dessas causas, uma das mais importantes, uma das mais relevantes.

O nosso País, atualmente, lamentavelmente, detém recordes negativos, trágicos, de violência contra homossexuais em vários Estados do Brasil, inclusive no nosso. Nós temos, além da violência física, a violência moral, a perseguição, a discriminação.

Eu tenho uma convicção, disse isso ontem lá no Bar Passefica, disse para a Jucele, que está aqui hoje, que é proprietária do Bar, e para as várias pessoas que estavam lá nos honrando com sua presença, que não tenho a menor dúvida de que só teremos um combate efetivo à homofobia quando ela for classificada e hierarquizada na Constituição ou no Código Penal como crime específico, tal qual, Ver. Toni Proença, hoje ocorre com o racismo. Neste momento, a homofobia é tratada como injúria, um crime menor, um delito pequeno, que não dá a medida do que é a agressão homofóbica. Esta luta é uma luta nacional; na verdade, internacional. A Fernanda Melchionna me disse ontem que gostou do que eu falei sobre a nossa parte. Eu vou repetir, aqui, Fernanda. Eu tenho certeza absoluta de que, no dia de ontem e nos dias que seguem o de ontem, hoje, amanhã, a semana que vem, o mês que vem, o ano, o ano que vem, nós temos obrigação de mostrar que Porto Alegre é diferente. Nós temos, cada um de nós, que deixar para o futuro a certeza de que, neste momento, fizemos a nossa parte. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.

 

(Aparte fora do microfone do Ver. Reginaldo Pujol.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sim, Ver. Reginaldo Pujol, V. Exª é o segundo na Pauta, só que a Liderança precede. Eu tenho uma solicitação de Liderança. Eu chamei o Ver. Sebastião Melo, e ele não se encontra.

Há Liderança, pelo PTB, com o Ver. Nelcir Tessaro; na sequência, V. Exª está em Pauta.

 

O SR. PEDRO RUAS: É só um registro de justiça, Presidente, que me foi mencionado agora e que não fiz referência. Naquela Audiência da CEDECONDH, estava também o Ver. Luciano Marcantônio. E, no dia de ontem, estava também o Ver. Aldacir Oliboni lá no Passefica. Obrigado.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, eu já estive em outras oportunidades neste local e gostaria que V. Exª, como Presidente da Casa, encaminhasse para a SMIC e aos bares, principalmente os da Cidade Baixa, a Lei que determina que, em final de semana, esses horários vão até as 2h, com tolerância de meia hora. Parece-me que há algumas ações da SMIC direcionadas para esses bares. Portanto, se caracteriza discriminação. Isso foi registrado numa visita que eu fiz. Acho muito importante que eles sejam conhecedores desta Lei.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, falo agora em Liderança do meu Partido, o PTB, agradecendo aos meus colegas DJ Cassiá, Elói Guimarães, Alceu Brasinha, Nilo Santos, a cedência do espaço.

Quero me manifestar sobre o Projeto da Verª Maria Celeste que estava em Pauta hoje, para ser votado. Lamentavelmente, não foi, mas eu espero que as Lideranças e o Governo possam conversar, porque entendo que esse Projeto é muito importante. Eu digo que é muito importante, porque, no ano de 2006, nós já adotamos esse compromisso no Departamento Municipal de Habitação, de, naquela época, fazermos com que os contratos das unidades habitacionais dos condomínios populares de Porto Alegre fossem feitos com as mulheres cabeça do casal, justamente porque elas conservam melhor a propriedade, garantindo, assim, a proteção dos seus filhos. Hoje, este Projeto destina um percentual para as mulheres, nada mais justo, porque nós sabemos que tantas e tantas mulheres, chefes de família, em Porto Alegre, necessitam de um lar. Normalmente, quando elas saem de suas casas, nas separações, passam a viver em condições precárias, ou se submetem a pagar aluguéis que comprometem, praticamente, todo o seu ganho. Isso é lamentável, mas eu espero que, tão logo seja aprovado este Projeto, tenhamos, sim, a reserva de vagas, nas unidades habitacionais, para as mulheres porto-alegrenses.

Eu também quero falar sobre uma lei que já foi sancionada pelo Governo, no ano passado, no Governo Fortunati. Nós votamos aqui; é uma lei de minha autoria que destina para a Segurança pública 10% das habitações populares em Porto Alegre. Isso é muito importante. Está hoje, na capa do jornal Zero Hora, uma foto do “esqueletão”. Eu brigo, desde 2006, para que lá seja feita uma desapropriação, repassando aquele prédio para a Caixa Econômica Federal, para que ali, no Centro da Cidade, se transforme aquele prédio em habitações para a Segurança pública. Para nos dar proteção, nós precisamos fazer com que a Segurança Pública possa colocar sua família em proteção. Com a Segurança Pública no Centro da Cidade, com toda a certeza, nós vamos fazer uma revitalização com segurança. Aquele “esqueletão” tem mais de 55 anos, Ver. Pujol. O senhor, com certeza, conhece toda aquela história, já caminhamos lá juntos, para verificar a estrutura do prédio. Ontem, os comerciantes daquela galeria que tem embaixo do “esqueletão” me procuraram, porque há especuladores indo lá e oferecendo, em média, R$ 30 mil por aquele espaço, alegando que tudo será perdido. Um ponto comercial que vale, Ver. Mauro Pinheiro, R$ 100, R$ 150 mil, ou até R$ 200 mil está sendo entregue por R$ 30 mil, sob ameaça de que aquele prédio não vai valer nada, porque vai ser demolido. Nós sabemos que, segundo um laudo feito anteriormente pela SMOV, pelo corpo de bombeiros, dá para aproveitar, daqueles 19 andares, cerca de 13 ou 14 andares. Mas tem que ser urgente! O Ver. Cecchim, quantas e quantas vezes, foi lá e tirou gente que estava utilizando, indevidamente, aquelas salas. E, pelas fotos, nós estamos vendo hoje que as pessoas, novamente, estão utilizando o espaço sem condições. O prédio está interditado, mas não estão proibindo ninguém de entrar no prédio, então, cada um usa como quer! Existe um depósito de lixo no lugar reservado para os elevadores! Então, nós temos que agilizar. Eu peço que haja uma desapropriação urgente. A Caixa está disponível para fazer com que ali haja o “Minha Casa, Minha Vida”, para a Segurança Pública. Tem que trazer a Segurança Pública para o Centro!

O meu Projeto aprovado nesta Casa, Presidente, é também para fazer com que essas habitações sociais sejam destinadas às famílias de brigadianos, para que elas sejam retiradas das vilas, para que elas possam ser trazidas para habitações dignas, também fazendo com que os soldados recém-chegados a Porto Alegre, os que vêm do Interior, tenham um lugar para morar, para que eles não tenham que morar nas vilas de Porto Alegre, tendo que tirar a farda para poder chegar à sua residência. É justo nós fazermos com que haja uma Segurança Pública bem protegida aqui em Porto Alegre. Então, eu peço que o Poder Público cumpra a Lei aqui vigente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Chamo a atenção dos Vereadores e das Vereadoras: todos receberam, em seus gabinetes, o convite para a instalação do Programa Ouvidoria 12 Horas, na sexta-feira. Eu chamo a atenção, porque é importante organizarem, nas suas agendas, algum momento para estarem na Esquina Democrática, entre as 8 e as 20 horas. A nossa Ouvidoria estará lá.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu não vou adentrar na comunicação da Presidência, para não fugir da regra que diz que eu tenho que ficar adstrito à Pauta, mas, oportunamente, eu tenho algumas informações para transferir à Casa.

Eu quero assinalar, Srª Presidente, que hoje nós estamos vendo transcorrer mais um dia de Pauta de um Projeto de Lei cujo primeiro signatário e, regimentalmente, reconhecido como proponente é o Ver. Sebastião Melo. Esse Projeto promove alterações, especialmente no inciso IV do art. 10, no inciso I do art. 25, no § 3º do art. 30, todos eles da Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999, que disciplina o uso do Mobiliário Urbano e Veículos Publicitários no Município e dá outras providências -, e alterações posteriores, dispondo sobre definições e tipologia, autorizações e veículos em edificações.

É lógico que esse é um tema de que se precisaria, inclusive, para que eu continuasse o pronunciamento do Ver. Tessaro, que fala nessa aberração que é a famosa Galeria XV de Novembro, que há 30 ou 40 anos está inacabada. Eu era estudante, e já existia esse problema. Depois, eu tive, durante vários anos, escritório na Galeria do Rosário, e convivia com esse problema. Essa é uma situação em que nós não conseguimos entender como a vontade política do Município não se soma à vontade política do Estado para convencer o Poder Judiciário que tem que se dar uma solução intermediária para todos esses processos que se alongam por tanto tempo. O Arquiteto Ferraro, que conosco trabalha, também já se ocupou desse assunto. Numa ocasião, a Secretaria do Planejamento do Município fez um Projeto para enfrentar esses prédios inacabados, mas o Projeto muito pouco prosperou na prática. Então, estamos cheios de projetos que precisam ser adaptados à realidade.

Essa proposição do Ver. Sebastião Melo, Ver. Engenheiro Comassetto - sei que V. Exª vai se referir sobre ela agora, no período que irá utilizar -, tem essa característica. São pequenos ajustes que precisam ser feitos nas leis e que promoverão não só a quebra do engessamento como uma desburocratização do processo e uma flexibilização no licenciamento. Por exemplo: determinar que os letreiros nas fachadas dos prédios comerciais possam ter um tamanho proporcional ao tamanho da fachada é de uma inteligência absolutamente tranquila, estabelecendo, pela nova proposição, que os projetos terão a área máxima permitida, para veículo de divulgação colocada em uma mesma fachada ou marquise, será de 30 metros quadrados em caso de fachadas com área inferior a 300 metros quadrados, isto é, 10% da fachada; 15% da área da fachada em caso de fachadas com área igual ou superior a 300 metros quadrados. Então, quando menor, 10%; maior, vai crescendo gradativamente na proporcionalidade de 15% do total da fachada. O que era 10%, quando era pequena, aumenta para 15% no total. Ora, evidentemente tudo isso tem um tipo de preocupação: é não permitir a poluição visual da Cidade pelo exagero da utilização da fachada. Acho que a proporcionalidade, no caso, é extremamente benfazeja na medida em que há um enfrentamento inteligente por esse processo. Da mesma forma, a transferência da responsabilidade técnica para...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente; colegas Vereadores, Vereadoras; lideranças que nos assistem, quero fazer um comentário sobre o Projeto de Lei nº 132/10 ou sobre a Emenda ao Projeto de Lei que trata do mobiliário urbano e dos veículos de publicidade no Município de Porto Alegre. O Ver. Sebastião Melo propõe fazer alguns adendos ao Projeto, eu quero me referir a este Projeto porque o tema do mobiliário urbano é de extrema importância para a cidade de Porto Alegre, que está carente de reestruturação do seu mobiliário urbano e dos itens que dizem respeito à acessibilidade. Recentemente, Ver. Dr. Raul, na Subcomissão de Acessibilidade que montamos na CUTHAB, para discutir o Plano Diretor de Acessibilidade, fizemos uma caminhada pelo Centro da Cidade com pessoas com deficiência, cadeirantes e deficientes visuais. E tivemos uma dificuldade enorme em fazer um roteiro da Prefeitura até o Viaduto da Conceição, em razão das paradas de ônibus que ali estão. Somente uma pessoa que necessita usar, no seu dia a dia, sabe das dificuldades de acesso. Portanto, eu quero registrar isso.

E nesse debate sobre o mobiliário urbano, quero comentar a maneira como são colocadas as cabines de telefones públicos, onde as pessoas com deficiência visual, ao caminharem pelas ruas, acabam batendo com a cabeça. Não há uma leitura do nosso mobiliário urbano adequada à acessibilidade.

Nós convidamos a Srª Izabel, que está coordenando uma equipe interdisciplinar no Município, para trazer as propostas do mobiliário urbano à CUTHAB. E eu convido os colegas Vereadores para comparecerem à reunião da CUTHAB, no próximo dia 31, às 14h, quando a equipe do Executivo virá apresentar a nova proposta do mobiliário urbano para Porto Alegre e informar quando irão ocorrer as licitações para que o mobiliário urbano possa ser reestruturado, porque não são só as cabines telefônicas, é o mobiliário das praças, das paradas de ônibus. Nós aprovamos aqui, outro dia, a Lei colocando a acessibilidade ou mobiliário urbano para os terminais de táxi, para os terminais de lotação, para os chaveiros e assim por diante. E o Projeto que o Ver. Sebastião Melo traz aqui provoca essa discussão, no sentido de que precisamos agilizar esse tema.

Também quero me referir ao tema que o colega, Ver. Nelcir Tessaro, trouxe aqui: habitação, principalmente da Chocolatão, tema esse muito caro para nós - muitos debates fizemos aqui.

 

 

Eu liguei para a gerência da CEEE e o Sr. Paludo, que coordena a Região Central da Cidade, comunicou que a CEEE está trabalhando. É verdade, há algumas poucas residências que ainda não possuem eletricidade, mas que, até sexta-feira, será concluída a ligação de energia em todas as residências das famílias transferidas para lá. Quero registrar aqui que é óbvio que isso precisa de uma melhor sincronia entre os órgãos que estão executando a transferência e os que instalam os serviços básicos. Temos que registrar que a coordenação é de responsabilidade do DEMHAB, mas isso já está encaminhado, e a Companhia Estadual de Energia Elétrica está trabalhando, tendo respondido, de imediato, à preocupação trazida pelo Ver. Nelcir Tessaro.

Portanto, esta é a minha participação aqui nos Projetos que entram e reafirmo que o mobiliário urbano é uma necessidade da nossa Cidade, principalmente no que diz respeito à reestruturação para a Copa do Mundo, pois precisamos ter uma leitura, uma tipologia de uma estética nova para Porto Alegre. Um grande abraço. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, ilustres colegas Vereadores, eu estava observando a Pauta e vi a proposição do Ver. Waldir Canal, no sentido de dar o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à Empresa Pública de Transporte e Circulação - EPTC -, que realmente vem fazendo um excelente trabalho, tendo à frente o Secretário Cappellari, principalmente para a Região do Extremo-Sul da Cidade, com a ampliação das linhas de ônibus, principalmente as Linhas 2671 e 2672, e já, nas próximas semanas, deveremos ter o implemento de outras melhorias. Além disso - e justifica o mérito deste Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre -, a questão de, na próxima semana, estarmos contando com a colaboração da EPTC na discussão que será feita com a CUTHAB, com a CEFOR e com a Comissão de Saúde sobre o transporte fluvial. A EPTC já tem participado desse processo, uma vez que é muito importante que se tenha, efetivamente, o transporte fluvial, principalmente para as Regiões Sul e Extremo-Sul da Cidade, que são regiões talhadas para isso.

Mas venho também advertir - e sei da preocupação que o Secretário Cappellari tem - com relação às quedas de veículos no arroio Dilúvio. Ontem, tivemos um cidadão que acabou tendo um mal súbito, provavelmente, e faleceu antes de cair no arroio Dilúvio. No sábado, tivemos, infelizmente, a queda de um colega médico, Ver. Dr. Raul, o Dr. Alessandro, que, quando ia até o Hospital de Clínicas, no sentido de atender uma paciente, acabou colidindo com outro veículo e, enfim, foi projetado para o arroio Dilúvio.

Por que eu digo isso e por que faço esta menção e digo justa esta homenagem? Porque, certamente, a EPTC está sendo diligente nesse processo; já existem alguns estudos no sentido de se ter guard-rails e defensas, principalmente nas áreas próximas das pontes divisórias do arroio Dilúvio, que é onde mais ocorrem acidentes.

Nós temos aqui, na Casa, protocolado, desde o ano passado, um Projeto que versa exatamente sobre isso. Leio a ementa (Lê.): “Determina a instalação de dispositivo de proteção [guard-rails ou defensas metálicas] nas margens de calçadas ou terrenos que apresentam desnível em relação à pista de rolamento dos logradouros públicos municipais”, principalmente naqueles locais em que, efetivamente, nós temos maiores índices de acidentes e de projeções. Aqui, no caso, é no arroio Dilúvio que fica mais claro e mais consistente esse problema, mas pode ser estendido para outros locais da Cidade. No arroio Dilúvio, isso fica bem claro, em razão do desnível.

O Projeto já passou pela CCJ, que colocou a inexistência de óbice, já passou pela CEFOR - e agradeço o voto favorável do Ver. Bernardino Vendruscolo -, tem o Parecer favorável da Procuradoria da Casa e, certamente, vai estar aqui, em pouco tempo, para a votação. Este Projeto é importante porque pode institucionalizar essas políticas que já vêm sendo feitas pela EPTC.

Quero contar com a colaboração dos colegas Vereadores, com as correções que podem ao Projeto ser feitas, exatamente para que possamos ter um trânsito melhor...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo).

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Ver. Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, o Projeto do Ver. Sebastião Melo, também assinado por outros Vereadores, tenta disciplinar aquilo em que as ruas de Porto Alegre estão transformadas, como eu chamo: na casa da mãe joana, onde as empresas de outdoor e de publicidade estão fazendo o que querem, Srª Presidente. Acho um absurdo telefones serem instalados de dez em dez metros, e não com a intenção de atender à população. Está errada a Oi, está errado quem faz publicidade, está errado, isso não é possível: telefone colocado sobre o meio-fio, com casinha, com propaganda, com tudo, trazendo um risco enorme para quem está telefonando, que fica, a toda hora, sujeito a ser atropelado. Ver. Brasinha, V. Exª tem um Projeto sobre os outdoors, nós vamos falar sobre isso.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Idenir Cecchim, é com muita alegria que escuto V. Exª, porque, realmente, Porto Alegre está um verdadeiro caos de outdoors. Estive fazendo uma conta: se pegarmos todos os outdoors que tem a 3ª Perimetral, dá quase quatro quilômetros só de outdoor, um do lado do outro. Tu imaginas o que é a poluição visual! Eu tenho um projeto tramitando na Casa, fui massacrado, fui quase torturado, na época, foi um verdadeiro combate contra mim, quando apresentei esse Projeto. E quero dizer que sou parceiro no seu Projeto, e ainda tenho um projeto tramitando na Casa.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Acho que nisso todos são parceiros, porque a cidade de Porto Alegre não pode se submeter a duas ou três empresas. Não vão me calar, Ver. Brasinha. Eu não me calo, tenho minha posição e vou lutar muito por ela junto aos meus Pares. Respeito quem pensa ao contrário, mas o mobiliário urbano, nós precisamos arrumar e proibir aquilo que não for mobiliário urbano, porque esse negócio de ter uma cabine para cada orelhão não é bem assim, não é mobiliário urbano, não; mobiliário não se coloca em cima de meio-fio, tem que ter um pouquinho de segurança.

Ver. Nelcir Tessaro, quero dizer a V. Exª que o que faltou, realmente, nessa transferência das famílias, foi comunicação. Eu, que tenho sido crítico do Governo do Estado, acho que, desta vez, não é só culpa dele. O Presidente do DEMHAB, certamente, não sabia que essas providências não tinham sido tomadas, mas o DEMHAB precisa combinar, não é possível que essas famílias sejam transferidas sem ter a energia elétrica. Aquilo que era para melhorar a condição de vida piorou. E não era essa a intenção; o Governo do Município gasta fortunas, pois, embora o recurso venha do Governo Federal, a contrapartida do Município é muito grande. Lá, naquele loteamento, foi gasto muito em infraestrutura para que melhores condições de vida fossem dadas; e foram. Vão se dar, mas tem que começar bem, pela luz - a água já tem; o saneamento já está pronto; as ruas já estão asfaltadas. Então, só faltou conversa entre os órgãos municipais. Certamente tomarão providências imediatas quanto a isso, e espero que, nas próximas transferências de famílias, seja antes combinado com a CEEE e com todo mundo.

Solicito seguir com o tempo de Liderança, Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim continua sua manifestação, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Espero que, nas próximas transferências, tudo seja combinado com todos os órgãos, para que, no dia em que a família chegue em sua nova casa, possa fazer uma festa, mesmo que seja humilde, porque estará ganhando um lar, uma casa, um templo sagrado. E isso só se consegue quando todos trabalham para ajudar essas pessoas. Não podemos permitir uma mudança, se a família tem que se virar com a CEEE, ligar para CEEE e fazer a inscrição. É uma transferência urgente, uma transferência que é para o bem público. Isso faz bem não só para aquelas famílias, mas também para nós, que somos responsáveis, que somos cidadãos de Porto Alegre. Então, que se cuide mais das pessoas, quando de suas transferências.

Eu não queria terminar o meu o tempo de Liderança sem elogiar um serviço que está funcionando muito bem: o 156 da Prefeitura. Esse serviço deu uma melhorada fantástica nos últimos tempos. Estão fazendo reclamações, e as pessoas não estão acreditando quando recebem um retorno do 156, dizendo “o seu pedido foi encaminhado para a SMOV, para a SMIC”, para qualquer lugar da Prefeitura, e há retorno. Sobre esse trabalho que está sendo feito pelo Marcelo Neubauer, que é o Coordenador, eu tinha que fazer esse registro, porque as pessoas foram me falar que o 156 está funcionando. E vai funcionar ainda mais.

Acho que, quando as coisas funcionam bem, nós temos que fazer com que aqueles servidores que estão operando o 156 também sejam reconhecidos. Eu quero fazer, aqui da tribuna, um reconhecimento a todos esses servidores que eu não conheço, mas cujo bom trabalho e dedicação à população de Porto Alegre eu conheço. Então, parabéns a todos aqueles que trabalham no 156, do Coordenador a todos os funcionários, aos que estão ligados à Secretaria da Governança, do Secretário Busatto. A todos eles, meus cumprimentos, e que continuem assim, atendendo à população e dando o retorno - mesmo que seja um “não”, dizendo que não dá. O cidadão tem o direito de receber uma resposta, Ver. Brasinha, e, lá no 156, está recebendo essa resposta.

Acho que vou parar de criticar o Governo Federal, porque eu não queria falar sempre em corrupção, mas, a cada dia, há uma coisa nova, é impressionante! Agora, de novo, com a Ministra da Cultura, mais um blog da prima. Não é possível!

Eu queria cumprimentar o Ver. Beto Moesch, que foi para o Rio de Janeiro no fim de semana e não cobrou diária. Ele tem uma irmã lá, mas não cobrou diária. Essa irmã do Chico Buarque vai para a casa dela e cobra a diária!

Eu quero falar de um cidadão do PMDB cuja renúncia teria sido pedida em qualquer lugar do mundo, que é o Senador Sarney. Ele deu uma janta para os seus amigos que custou 24 mil reais. Como ele não podia fazer sem licitação uma janta de 24 mil reais, ele dividiu em três pedaços: 8 mil reais de bebida, 8 mil de comida e 8 mil de flores, decoração. Mas isso é um absurdo! Não adianta o Sr. Sarney só devolver o dinheiro! Não adianta o Sarney devolver o dinheiro, tem que sair da presidência do Senado! Esse é do meu Partido. Eu critico o Governo Federal... Aliás, não se sabe mais quem é quem. O Collor está junto com o Sarney, junto com o Lula, junto com todo o mundo. O Palocci, esse é uma figura fantástica, o Palocci é um gênio! Um cara que aumentou 20% do patrimônio! Esse cara é um gênio! Olha, eu não vou nem dizer que ele está... Mas é que eu tenho medo de uma coisa: tenho medo de que isso já seja alguma coisa de antes e que foi paga depois com o nome de consultoria, porque eu também não acredito que paguem 300 mil reais por uma palestra do Lula! Eu tenho medo dessas coisas. Será que isso é para esquentar coisa fria de antes? É uma pergunta que fica. Eu nem vou usar todo meu tempo, para não criticar mais. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Agradeço a presença de todos os Vereadores e Vereadoras, desejando um bom descanso a todos e a todas, lembrando que amanhã, pela manhã, teremos a CPI; à noite, teremos uma Audiência Pública que tratará sobre os resíduos da construção civil, solicitada pela Associação das Caçambas Móveis.

 

 

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h36min.)

 

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